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Consultor na área de saúde, Tiago é soropositivo há 10 anos. "No início, minha vida se resumia a fazer exames", diz. Um dia o pai estranhou e perguntou o porquê de tantos exames. Ele se abriu e, ao contrário do que imaginava, foi acolhido pelos pais. Para evitar a discriminação social, só alguns parentes e os amigos mais próximos sabem da doença. "O preconceito ainda é grande." No início do tratamento ele chegou a tomar 36 comprimidos por dia, em horários alternados. Alguns, a cada oito horas, outros em intervalos de 12. Hoje, a combinação de quatro medicamentos exige uma ingestão apenas por dia.

A medicação antiga provocava efeitos colaterais como diarreia, tontura, sonolência. Hoje não sente mais nada. "Sempre fui disciplinado, o que é fundamental no tratamento", conta. Ele faz exames a cada três meses (para medir colesterol, glicemia). Essa disciplina estabilizou a doença e o levou a ser um dos dez selecionados no Paraná a fazer a cirurgia de lipoatrofia facial, com enxerto de gordura no rosto, em 2006, no Hospital de Clínicas. Mas remédios e cirurgias plásticas não bastam. "Para se ter uma boa qualidade de vida é preciso uma boa alimentação, exercício físico, exames periódicos", recomenda. (MK)

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