• Carregando...

Renan Calheiros admitiu ontem, pela primeira vez, não comandar a sessão do Congresso que votará a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2008 e que liberará os parlamentares para o recesso de meio de ano. "Se for necessário, eu presido, mas se não...", disse. O texto da LDO foi aprovado na Comissão Mista de Orçamento e segue hoje ao plenário do Congresso, onde o processo de apreciação poderá ficar na mão do deputado Nárcio Rodrigues (PSDB-MG), vice-presidente da Câmara. Líderes de oposição ameaçavam boicotar a sessão do Legislativo, caso ela fosse presidida por Renan. O presidente do Congresso negou que a possível ausência no comando da sessão de hoje seja sinônimo de "falta de coragem".

"Não se trata de ter coragem ou deixar de ter coragem. Isso é uma coisa inerente à posição que cada um exerce." A votação da LDO é necessária para que se inicie o recesso no Congresso. Pelo regimento, a LDO tem de ser votada até dia 17. Numa versão edulcorada do recuo de Renan, o líder do PP na Câmara, Mário Negromonte (BA), disse: "Estão todos convencidos de que ele (Renan) não vai presidir a sessão. Nunca o presidente do Senado conduziu os trabalhos, sempre é o vice-presidente da Câmara."

Com o foco voltado para a decisão de Renan, as discussões de mérito da LDO foram ofuscadas. Na mais importante votação de ontem na Comissão de Orçamento, por exemplo, a oposição vacilou e a bancada governista conseguiu emplacar uma emenda que autoriza o governo a começar a executar o orçamento de investimentos de 2008 antes mesmo de a Lei Orçamentária ser aprovada e sancionada.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]