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Brasília – O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB- AL), divulgou ontem os documentos da Receita Federal que comprovam a não-alteração de suas declarações de Imposto de Renda, conforme publicou o jornal Correio Braziliense de quinta-feira. Renan pediu os dados ao secretário da Receita Federal, Jorge Rachid. De acordo com a assessoria do Senado, Renan irá disponibilizar essas informações, que são sigilosas, para a Corregedoria-Geral e para o Conselho de Ética da Casa.

A assessoria do senador divulgou dois documentos informando que não houve retificação nas declarações de IR entre 1.º de maio de 2007 e a data de ontem. Os dados são assinados por Rachid e Donizetti Rodrigues, coordenador-geral substituto de tecnologia da informação da Receita.

O corregedor-geral do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), solicitou ontem o envio das declarações de Imposto de Renda do presidente da Casa, mas a liberação dos dados, por serem sigilosos, dependia da autorização do próprio Renan para serem divulgados. De acordo com reportagem publicada quinta-feira no jornal Correio Braziliense, Renan teria retificado nas últimas semanas suas declarações para demonstrar ter condições de pagar contas pessoais – entre elas, uma pensão alimentícia à jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha, e o aluguel do apartamento onde moram em Brasília.

Renan é investigado, a pedido do PSol, por quebra de decoro, pelo Conselho de Ética do Senado, por supostamente ter recebido dinheiro da construtora Mendes Júnior via lobista Cláudio Gontijo para pagar suas contas particulares.

CPI

Diante da pressão dos governistas para evitar a CPI da Navalha, deputados que defendem as investigações ameaçam divulgar os nomes dos parlamentares que retirarem suas assinaturas do requerimento que propõe a criação da comissão. O grupo favorável à CPI se reúne na terça-feira em Brasília para tentar obter o apoio de mais 10 a 15 deputados e senadores. A idéia é apresentar o requerimento à Mesa Diretora do Senado até quinta-feira. "Quem retirar agora a assinatura fará um papel muito vergonhoso e que acaba por autorizar qualquer cidadão a desconfiar de razões obscuras", afirmou o líder do PSol na Câmara, Chico Alencar (RJ). Em seguida, Alencar acrescentou que: "Aqueles que retirarem os nomes serão expostos publicamente para que se expliquem à população".

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