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Brasília – Enquanto a campanha pelo comando da Câmara se intensifica e o resultado é imprevisível, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), caminha para uma reeleição tranqüila. Beneficiado por um acordo entre PT e PMDB, Renan tem como único adversário até agora o senador José Agripino (PFL-RN) e não vê seu favoritismo ameaçado. Apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a expectativa é que o peemedebista seja reeleito com, ao menos, 50 dos 81 votos da Casa.

Renan tem evitado dar entrevistas e costuma se referir às bênçãos do Planalto apenas como "uma deferência" a seu nome. Enxerga a vitória como fruto do seu trabalho no posto e ao fato de ter arrebanhado votos em todos os partidos, inclusive no PFL de Agripino. Além do PMDB e do PT, Renan tem o apoio formal do PDT, PSB e PTB. Entre os 13 senadores tucanos, contabiliza pelo menos o voto de quatro, entre os quais o alagoano João Tenório.

Enquanto os governistas dão como certa a reeleição de Renan, Agripino corre contra o tempo. Embora até os pefelistas classifiquem como "mínimas" as chances de derrotar Renan, ele não descansa. "Eu vou surpreender", afirmou.

Renan já avisou seus colegas que vai respeitar a proporcionalidade dos partidos na divisão de cargos na Mesa e nas comissões. A procura maior ocorre em torno dos sete cargos de titulares da Mesa Diretora. Cabe aos ocupantes das vagas dirigir as sessões plenárias, opinar sobre matérias administrativas, além de ter o direito de fazer novas contratações, fora das 11 autorizadas nos gabinetes. Os salários são elevados e variam de R$ 3,5 mil a R$ 9 mil. Só na presidência, por exemplo, o ocupante pode preencher 36 vagas. Prerrogativa semelhante cabe ao primeiro-secretário, que pode ter mais 14 assessores.

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