Brasília O presidente Luiz Inácio Lula da Silva telefonou terça-feira à noite para o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para se explicar sobre a afirmação de que irá intervir caso as investigações sobre o senador paralisem as votações na Casa Legislativa. Segundo Renan, Lula não adotaria a postura de cobrança sobre o Senado Federal. "Ele é meu amigo. E ele não iria cobrar nada do Senado Federal. Ele chefia um Poder, eu chefio outro Poder", disse Renan. O senador afirmou que mantém com o presidente uma relação de amizade acima de qualquer "relação político-partidária".
Além de receber o apoio de Lula, o peemedebista disse que também recebeu ontem em seu gabinete o ministro Nelson Jobim (Defesa) e o presidente do PMDB, Michel Temer (SP), que lhe teriam prestado solidariedade. "Eu hoje recebi visita do ministro Jobim, do presidente Michel Temer, ontem (terça) à noite me telefonou o presidente Lula. As coisas estão muito bem. Vou demonstrando a cada dia com documentos, não com discurso, as provas contrárias a essas maledicências que disseram contra mim", afirmou.
Representação
Ontem, o Conselho de Ética do Senado decidiu que vai analisar separadamente as novas representações contra Renan Calheiros para evitar atrasos nas investigações que já tiveram início. O conselho já apura a denúncia que Renan teria usado dinheiro da empreiteira Mendes Júnior para pagar pensão à jornalista Mônica Veloso.
O presidente do conselho, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), acredita que até hoje já tenha um nome para analisar a denúncia que liga Renan à empresa Schincariol.
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