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Guerra - No Conselho, aliados tentam barrar relatório

Os aliados do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) tentam evitar a votação, marcada para quarta-feira, do relatório no Conselho de Ética que pede a cassação do mandato do senador. O senador Wellington Salgado (PMDB-MG) avisou que prepara um voto em separado – espécie de relatório alternativo – sugerindo a inocência de Renan.

O senador Almeida Lima, que relata o processo ao lado dos senadores Marisa Serrano (PSDB-MS) e Renato Casagrande (PSB-ES), já apresentou voto em separado para pedir a absolvição do presidente do Senado. A estratégia é ampliar o número de votos favoráveis e pressionar a oposição.

Por outro lado, os aliados deflagraram movimento contra o voto aberto no conselho. Eles estudam recorrer ao Supremo Tribunal Federal para reverter a decisão do órgão que decidiu na semana passada, por 10 votos a 5, que a votação do relatório deve ser aberta.

Brasília – O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), terá de contar com a oposição para se livrar do processo de cassação. E isso está sendo bem costurado. O acordão para absolver Renan conseguirá o apoio de senadores do PSDB e DEM. Isso porque o governador de Alagoas, Teotônio Vilela (PSDB), trabalha incansavelmente pela causa. Pelos cálculos da tropa de choque renanzista, a expectativa é de conseguir entre os integrantes dos dois partidos de oposição pelo menos 10 votos favoráveis, número considerado mais do que suficiente para neutralizar os poucos peemedebistas que votariam pela cassação.

Os senadores da oposição que devem engrossar os cerca de 50 votos que Renan espera ter no plenário para se salvar sabem do desgaste perante a opinião pública, caso ele seja absolvido. Nos bastidores, no entanto, esses senadores do PSDB e do DEM têm uma justificativa: depois de 72 horas ninguém falará mais no assunto, e o Senado voltará à normalidade.

Os tucanos podem ser o fiel da balança na votação secreta do plenário. De forma reservada, a cúpula do PSDB já admite que dos 13 senadores do partido até cinco votos podem ir pela absolvição do Renan.

No ninho tucano, Teotônio Vilela é hoje um dos maiores cabos eleitorais de Renan no Senado. Téo, como é chamado no Congresso, transformou o gabinete de seu suplente e cunhado, João Tenório (PSDB-AL), em um foco das principais articulações pela causa dentro e fora do PSDB. As alegações do governador para garantir apoio de seus colegas tucanos a Renan é o fato do senador ter feito uma boa interface para ajudar as administrações tucanas. Mas o motivo principal é outro: o governador ganhou a eleição numa forte aliança política com Renan e os grupos políticos dos dois têm ligações muito próximas.

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