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Brasília – Um dia depois de ter sido absolvido pelo plenário no primeiro processo por quebra de decoro parlamentar, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), perdeu um de seus fiéis escudeiros: o advogado Eduardo Ferrão. Em carta encaminhada a Renan, Ferrão, que o acompanhava há quase dois anos e meio – desde o início do processo de reconhecimento da paternidade que teve com a jornalista Mônica Veloso – comunicou sua decisão de se afastar da defesa do senador para se dedicar aos demais clientes de seu escritório. Renan terá de responder a mais três representações contra ele no Conselho de Ética, mas não constituiu ainda outro advogado.

Ferrão não só articulou a defesa de Renan no processo aberto no Conselho que investigou se a empreiteira Mendes Júnior havia pago despesas pessoais do senador – no caso, a pensão de R$ 12 mil paga a jornalista com quem teve uma filha – como também foi responsável pelo acordo fechado na Vara de Família, no primeiro semestre, que fixou um novo valor para a pensão de Mônica Veloso. Diante da absolvição do presidente do Senado no plenário, o advogado deu por cumprido seu papel.

Por intermédio de sua assessoria, Renan informou que ainda não constituiu novo advogado, até porque não recebeu ainda nenhuma notificação referente às duas novas representações que chegaram ao Conselho de Ética, até agora sem relatores designados. Mas o presidente do Senado já começou a fazer contatos com alguns escritórios de advocacia para escolher um substituto para Ferrão. Até lá, deverá se valer da condição de bacharel de Direito para agir diante de alguma eventualidade.

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