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O investimento médio anual por aluno de cada estado brasileiro não tem impacto direto no desempenho do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), divulgado nesta semana. Isso significa que a quantidade de dinheiro aplicada por estudante não está surtindo efeito nas notas. Segundo levantamento do Movimento Todos pela Educação, a renda familiar tem peso maior.

É o caso de Roraima, o segundo estado brasileiro que mais investe em valores anuais por aluno - um total de R$ 4.365,37 -, mas figura em 18.º no ranking do Pisa. A situação inversa - menos gasto e melhor desempenho - é observada em Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Os três estados, que ficaram entre os quatro mais bem colocados no ranking do Pisa, investem anualmente menos que R$ 2,5 mil por estudante.

Segundo o levantamento do Todos pela Educação, feito com base nos dados da avaliação de leitura, a relação só se aplica no Distrito Federal, que obteve a maior média do país no exame, com 439 pontos, e detém também o maior investimento médio (R$ 4.834,43). Já São Paulo, 7.ª posição entre as notas dos estados, tem o 9.º maior gasto.

Para Mozart Neves Ramos, do Todos Pela Educação, as verbas destinadas à educação só têm efeito quando realmente são revertidas em políticas estaduais eficientes. "Isso só se traduz quando o Estado aplica bem o dinheiro. É o caso de Minas Gerais, por exemplo, que tem uma renda mais baixa, mas aparece entre os primeiros no Pisa." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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