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Manifestantes queimam carros com a bandeira do Brasil e tentam invadir sede da PF em Brasília após prisão de indígena
Manifestantes queimam carros com a bandeira do Brasil e tentam invadir sede da PF em Brasília após prisão de indígena| Foto: Reprodução vídeos

Os atos de vandalismo e violência que ocorreram nesta madrugada em Brasília foram criticados por deputados federais ligados ao presidente Jair Bolsonaro e representantes da direita. Pela internet, apoiadores do presidente Bolsonaro veiculam imagens e vídeos com manifestantes gritando "Fora Bolsonaro" e possíveis infiltrados escondendo o rosto com camisetas pretas.

"É precipitada atribuição de autoria a "bolsonaristas radicais". Há indícios de que os atos de violência tenham sido praticados por radicais da esquerda, infiltrados. Não nos esqueçamos as manifestações da Direita sempre foram pacíficas", escreveu o senador Marcos Rogério (PL-RO)

De acordo com o deputado federal Carlos Jordy (PL/RJ), as atitudes de pessoas que agiram ontem com violência são diferentes do comportamento registrado há 40 dias nos protestos em frente aos quartéis, onde "a direita sempre se manifestou pacificamente, sem vandalismo". "A tática terrorista pertence a blackblocs, MST, MTST e outros movimentos satélites dos comunistas. Infiltrados devem ser investigados e punidos, esses sim cometem atos antidemocráticos", escreveu o parlamentar.

O jurista Fabrício Rebelo, pesquisador em segurança pública, também estranhou a realização dos atos de vandalismo no dia da diplomação de Luiz Inácio Lula da Silva. Nas redes sociais, ele lembrou que as manifestações vinham ocorrendo de forma "absolutamente pacífica" em frente aos quartéis. "Justo no dia da diplomação, quando alguns petistas aportaram em Brasília, eles, do nada, resolveram radicalizar e saíram incendiando veículos. Deve ser pura coincidência, claro...", escreveu no Twitter.

"Curiosas as imagens em que os arruaceiros com táticas de 'black blocs' gritam 'fora Bolsonaro' antes de incendiar veículos em Brasília (inclusive com bandeiras)", complemento Rebelo.

Para o presidente da Associação Brasileira de Juristas Conservadores (Abrajuc), João Daniel Silva, os atos que ocorreram nesta segunda (12), em Brasília, são atos criminosos. "A liberdade de manifestação não abarca depredações ao patrimônio público e vilipêndio ao bem privado. Isso é o modus operandi da esquerda. Estou certo de que esse distúrbio foi provocado por sabotadores infiltrados em meios aos manifestantes de direita", disse.

O deputado eleito por Goiás, Gustavo Gayer (PL), ressaltou a pacificação das manifestações que ocorrem há mais de 40 dias. "Eu nunca vi um manifestante de camiseta preta. Daí hoje me aparece uns dez de uma vez quebrando e ateando fogo em carros. No mínimo muito estranho", disse.

Já o senador Carlos Portinho (PL-RJ), líder do governo Bolsonaro no Senado, se referiu aos atos violentos como "pura narrativa" e disse que a "esquerda nunca surpreende". "Manifestantes do PT chegam a Brasília ainda que em menor número para diplomação. Na mesma noite atos de guerrilha e quebra quebra por pessoas encapuzadas de preto, foice e enxada na mão…ninguém preso. E o problema é a camisa do Brasil!", escreveu.

O deputado federal General Girão (PL-RN) cobrou a investigação dos infiltrados nos atos. Segundo ele, o vandalismo foi "orquestrado para deslegitimar as manifestações pacíficas". "A mesma justiça que permite ordens absurdas deve investigar e punir os verdadeiros culpados. Com certeza não serão os que estão há 43 dias manifestando pacificamente", disse o general Girão.

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