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O governador Roberto Requião (PMDB) e o vice-prefeito de Curitiba, Luciano Ducci (PSDB), estão cada vez mais próximos na campanha eleitoral. Até o veto do governador, em 2003, a um projeto de lei de Ducci, então deputado estadual pelo PSB, foi esquecido. O projeto barrado por Requião garantia vaga antecipada na maternidade para todas as gestantes paranaenses, assim como o Mãe Curitibana.

Nesta sexta-feira, o governador, candidato à reeleição, voltou atrás e incluiu em seu plano de governo o programa Mãe Paranaense, uma extensão do Mãe Curitibana, idéia de Ducci, quando era secretário municipal de Saúde de Cássio Taniguchi, em 1999. O anúncio ocorreu durante uma reunião em Curitiba na qual os dois estiveram presentes juntamente a prefeitos da região metropolitana, do Suleste do estado e do litoral.

O projeto de lei, inicialmente vetado por Requião, foi promulgado no início de 2004 pelo presidente da Assembléia Legislativa, Hermas Brandão (PSDB), que dividia a autoria da proposta com Luciano Ducci e hoje é candidato a vice-governador na chapa do PMDB. Na época, para ir contra a decisão do governador, Ducci precisou receber o apoio da médica sanitarista e coordenadora nacional da Pastoral da Criança, Zilda Arns, e de várias lideranças e entidades do setor da saúde, que se mobilizaram e pediram a aprovação. Com a pressão, os deputados estaduais derrubaram o veto.

O Mãe Curitibana possibilita que toda mulher grávida tenha acompanhamento médico durante e após o parto e saiba em qual hospital a criança nascerá. "É com grande felicidade que vejo essa iniciativa do Requião. Expandir o Mãe Curitibana para todo o estado é muito bom. Dá tranqüilidade às mulheres e o estado tem capacidade para absorver o programa", disse Ducci, que.

Prefeito em exercício – Beto Richa está na Colômbia –, Ducci não quis afirmar que apóia o governador. No entanto, garantiu que não "mudou de posição", ou seja, está do lado de Requião na campanha, postura já manifestada anteriormente.

Quanto ao veto de Requião ao projeto similar ao Mãe Curitibana, Ducci explicou que naquele período o governador alegou que o estado não tinha infra-estrutura para garantir tal ação. "Hoje o estado teria condições para isso. Na época, eu achava que seria possível. Mas o Requião sabe a importância do programa", afirma o prefeito em exercício.

Segundo Luciano Ducci, ele não se opõe a auxiliar qualquer candidato que queira ter o Mãe Curitibana no plano de governo. Mas admitiu ter oferecido o projeto a Requião, que gostou da idéia. "O governo já está fazendo parcerias com algumas prefeituras para implantar centros de atenção às mulheres e crianças e isso facilita. Já dei esse mesmo auxílio ao José Serra (PSDB) na campanha para prefeito de São Paulo, em 2004, e hoje há o Mãe Paulistana. Faço isso com várias administrações públicas."

Apoio

Outra mostra de que boa parte dos aliados do prefeito Beto Richa (PSDB) está na campanha peemedebista foi o convite para que o vereador tucano Mário Celso Cunha, líder do governo municipal na Câmara, seja um dos coordenadores da campanha de Requião em Curitiba e região metropolitana. "Fico honrado e vou ajudar com o maior prazer, mesmo que a coligação PMDB/PSDB seja derrubada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE)", contou o parlamentar, que foi secretário municipal do Menor quando Requião foi prefeito da capital.

De acordo com Mário Celso, o governador quer Luciano Ducci na campanha como coordenador principal de Curitiba e região metropolitana. "E acredito que, passando essa confusão em relação à aliança entre os partidos, Ducci deve assumir tal função."

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