Requião pede apoio de Lula à isenção de inativo

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O governador Roberto Requião tentou nesta quarta-feira garantir apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à isenção que o Paraná concede a aposentados e pensionistas referente à contribuição previdenciária. Ele pretendida insistir no assunto ao encontrar o presidente, antes de os dois se dirigirem ao encerramento no Fórum Futuro 10 Paraná, no Estação Convention Center.

O apelo marcou uma reaproximação do governo do Paraná com o governo Lula. A Agência Estadual de Notícias divulgou que a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, chegou a telefonar para Requião, antes da chegada de Lula a Curitiba, confirmando o apoio do presidente à isenção dos inativos.

De acordo com a Gazeta do Povo desta quinta-feira, o governador tinha sugerido que os aposentados pressionassem o presidente e ajudassem o Paraná da condição de inadimplente. A cobrança foi suspensa pelo Paraná no início de 2003, mas passou a ser considerada obrigatória pela União em dezembro daquele ano, por força da Emenda Constitucional 41. A ParanáPrevidência manteve a isenção alegando que os estados têm autonomia nessa questão.

O apoio de Lula promete liberar o Certificado de Regularidade Previdenciária (CRP) ao Paraná e beneficiar 10% dos 87,9 mil aposentados e pensionistas. Neste grupo, estão delegados, oficiais da Polícia Militar, fiscais e professores que recebem mais de R$ 2.668,15 como aposentadoria ou pensão. Se os repasses fossem efetuados, a Previdência receberia R$ 129 milhões por mês a mais do Paraná. Segundo Requião, a cobrança não se justifica porque os salários são baixos.

O presidente Lula evitou falar com a imprensa durante sua passagem por Curitiba. Ele chegou ao Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, às 18 horas, uma hora depois do previsto, e seguiu direto para o Hotel Rockefeller Plaza, no centro da capital. Segundo a assessoria de Lula, o atraso ocorreu porque o encontro de comemoração dos 20 anos do Mercosul com o presidente da argentino, Néstor Kirchner, em Puerto Iguazu (Argentina), que seria encerrado às 15h, demorou mais que o previsto.

O governador Roberto Requião recebeu o presidente no aeroporto e o acompanhou até o hotel. Um forte esquema de segurança – que envolveu sete viaturas da Polícia Militar, 14 veículos da segurança presidencial, cerca de 50 agentes e dezenas de controladores de tráfego – escoltou os governantes na viagem de 25 minutos. Uma hora depois, ambos seguiram para o Fórum Futuro 10 Paraná, a meia quadra do Hotel Rockefeller, no Estação Convention Center.