Médicos residentes do Hospital Evangélico (HE) de Curitiba decidem hoje, às 20 horas, em assembléia geral, se participam do movimento nacional de greve que busca reajuste na bolsa de estudo. Há oito dias, 30% dos 230 residentes do Hospital de Clínicas (HC) estão parados na capital. Em Londrina, a paralisação no Hospital Universitário (HU) está no sétimo dia e abrange 70% dos 130 residentes.

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Assim como no HC e HU, caso decidam pela greve, os médicos residentes do HE manterão os atendimentos de urgência e emergência. Mas o impacto pode ser ainda menor. O presidente da Associação dos Médicos Residentes do Hospital Universitário Evangélico (Amerhuec), que representa os 138 estudantes, Jan Pachnicki, explica que a paralisação não deve prejudicar substancialmente o atendimento à população, já que algumas das residências poderão não parar caso a greve aconteça. "Cada uma das 137 residências fará votação para decidir se participa ou não do movimento", informa.

Na semana passada, o Congresso aprovou o reajuste de 30% na bolsa. Entretanto, o movimento nacional exige repasse de 50%, conforme a inflação no período desde 2001, data do último reajuste. Se conseguirem o objetivo, o salário dos residentes passará de R$ 1.474,00 para R$ 2.211.

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Assembléias

Os residentes do HC adiaram para amanhã a assembléia que decidiria a manutenção da greve. Segundo o presidente da Associação dos Médicos Residentes do HC (Amerehc), Pedro Henrique de Almeida, o comando aguarda resposta da direção do hospital na montagem da mesa de negociação. Além da reivindicação por reajuste, a Amerehc apresentou sexta-feira uma lista de exigências internas à direção. Entre elas está o cumprimento das 60 horas semanais de trabalho e o acompanhamento 24 horas de médicos especialistas conforme a residência.

O diretor de Ensino, Pesquisa e Extensão do HC, Ângelo Tesser, afirma que hoje mesmo a direção do hospital encaminhará uma proposta sobre as reivindicações. Tesser diz que o canal de negociação está aberto, faltando apenas a consolidação da mesa com quatro representantes de cada lado. "As reivindicações são coisas pequenas de serem resolvidas", aponta Tesser. No HU, os residentes decidem hoje se mantêm a greve.