• Carregando...
O restaurante Jacobina, de Curitiba, tem investido em cursos de inglês e espanhol para a equipe | Ivonaldo Alexandre/ Gazeta do Povo
O restaurante Jacobina, de Curitiba, tem investido em cursos de inglês e espanhol para a equipe| Foto: Ivonaldo Alexandre/ Gazeta do Povo

Repercussão

Avaliação contribuirá com a competitividade no setor

Para o presidente da Associação de Bares e Restaurantes do Paraná, Marcelo Woellner Pereira, a classificação sanitária dos serviços de alimentação vai melhorar a concorrência entre os estabelecimentos curitibanos. A medida também oferecerá mais transparência aos consumidores sobre restaurantes escolhidos. "Isso vai dar condições para que as pessoas saibam quem cumpre essas normas."

O empresário Dante Takashima também avalia a iniciativa como positiva. À frente dos restaurantes Jacobina e Carmina, ele salienta que é preciso que as boas práticas no setor tornem-se um hábito. Além de atentar para as exigências sanitárias, Takashima relata que também vem se preparando para o Mundial em termos de atendimento, com investimento em cursos de inglês e espanhol para suas equipes. "Nossos funcionários também fizeram vários cursos no segmento da alimentação. Queremos estar ‘redondinhos’ para a Copa", diz.

O diretor do Centro de Saúde Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde, Luiz Armando Erthal, espera que a cidade chegue ao final da categorização com os seus restaurantes nas melhores categorias. Segundo ele, Curitiba tem 4,3 mil serviços de ali mentação.

51 quesitos serão considerados pela Anvisa para avaliar boas práticas nos serviços de alimentação do Brasil.

Ser um restaurante "5 estrelas" ou "classe A" em termos de qualidade sanitária durante a Copa de 2014 é um título que vai demandar capricho dos estabelecimentos das 12 cidades-sede do Mundial. Primeira capital a iniciar o projeto-piloto de categorização dos serviços de alimentação no país, Curitiba classificará 200 locais distribuídos pelas rotas gastronômicas do Juvevê, Batel, Centro, Mateus Leme, Avenida das Torres e Santa Felicidade. Todos os pontos deverão receber da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) um selo com informações referentes a uma escala de 1 a 5. A primeira categoria será considerada a melhor, enquanto a última, a pior.

O diretor da Anvisa, Jaime César de Oliveira, explica que serão considerados 51 requisitos de 180 critérios estabelecidos pela Resolução 216/2004, que trata de boas práticas nos serviços de alimentação. Os itens estão distribuídos entre eliminatórios, classificatórios e pontuados – a pontuação só ocorrerá quando o estabelecimento não cumprir o exigido. Nesse caso, quanto menos pontos, melhor será a classificação do restaurante.

Todos os estabelecimentos deverão apresentar estrutura física, profissionais e equipamentos adequados, além de métodos de trabalho, manipulação e conservação de alimentos conforme o priorizado pela agência. "Não estamos falando de prestação de serviços ou gastronomia. Os itens que priorizamos são importantes para garantir a qualidade e a segurança do ponto de vista sanitário", defende Oliveira.

A proposta, assinala o representante da Anvisa, é estender a categorização para os demais restaurantes brasileiros após a Copa, alterando a maneira como a própria fiscalização sanitária é desenvolvida no país. Os restaurantes e bares selecionados nesta fase farão uma autoavaliação sobre o cumprimento dos itens exigidos e, entre agosto e dezembro, serão alvo de um ciclo de inspeções para averiguar o enquadramento nas exigências. As visitas serão feitas por equipes locais da Vigilância Sanitária.

Um perfil preliminar dos participantes será divulgado na sequência e, de janeiro a abril de 2014, haverá uma rodada de inspeções definitiva. A categorização final ocorrerá até junho e a classificação dos restaurantes será afixada em local visível no estabelecimento e disponibilizada na internet, na página da Anvisa. A agência ainda vai definir se usará estrelas ou letras para diferenciar a categorização.

"Informaremos a categoria sem desclassificar os serviços", diz Oliveira, ao ponderar, no entanto, que o grupo 5 não será categorizado e estará sujeito às medidas legais cabíveis por apresentar qualidade sanitária inaceitável.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]