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Por volta das 23 horas de sábado, a invasão de uma casa no bairro Órleans, em Curitiba, durante um churrasco, resultou na morte de quatro pessoas e deixou quatro feridos. O grupo foi surpreendido pela entrada de seis homens encapuzados, pelo muro dos fundos da residência, avisando serem da polícia. Segundo a delegada da Homicídios Maritza Haisi, o crime teria sido motivado por vingança. Os atiradores estariam armados com armas de diferentes calibres e fugiram em dois veículos. Os depoimentos começarão a ser colhidos hoje pelo delegado Roberto Fernandes.

Foram assassinados Claudemir Xavier de Almeida, 36 anos; Caio Roberto da Silva, 23; e Jhoni Conceição, 24 anos. Daiana Andrade Ferreira, 27 anos, mulher de Conceição, foi ferida e levada ao Hospital Evangélico. Ontem, a assessoria do hospital informou que Daiana se encontrava com morte encefálica.

Cleber Gomes Monteiro, 21 anos, está em observação no Hospital Cajuru, após uma cirurgia na pelve. Matheus Gomes de Lara, 15 anos, e Willian Francisco Gonçalves, 23 anos, estão internados no Hospital Evangélico. Ambos receberam tiros na perna. Luiz André Ferreira foi alvo de um tiro de raspão e se encontra em casa.

Em 10 minutos

Os familiares de Caio Roberto da Silva, 23 anos, primo do metalúrgico Agnaldo Monteiro, dono da residência onde ocorreu a chacina, estão perplexos. Quem estava na casa, e não quis se identificar por receio de represália, conta que a ação durou pouco menos de 10 minutos. Os homens de capuz, vestidos de calças jeans e moleton, invadiram a casa pelo portão dos fundos e informaram que eram policiais. Pediram que todos se deitassem no chão e começaram o tiroteio. As duas crianças que estavam no local foram escondidas em um quarto da casa.

Entre as vítimas, somente Almeida, Conceição e Daiana não eram parentes do dono da casa. Conforme registros policiais, Caio Silva teria antecedentes criminais. Uma tia contou que o rapaz fez parte de um processo investigatório, ficou preso dois dias e foi liberado. "Era um menino correto. Não aceitamos que alguém mate impunemente", desabafa. O jovem mantinha dois empregos como motoboy.

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