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Uma reunião convocada pela prefeitura de Curitiba, com o objetivo de negociar a dívida com a empresa Cavo, responsável pela coleta de lixo no município, afastou a possibilidade de paralisação do serviço nesta terça-feira (20). De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura, a reunião será na tarde da terça-feira, e terá como pauta a apresentação do cronograma de pagamento dos valores atrasados. Diante da sinalização do município, a Cavo informou, também via assessoria, que não tomará nenhuma atitude antes da reunião com o poder público, que não tem hora definida, mas deve ocorrer no final da tarde.

Na última sexta-feira (16), prefeitura e Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação (Siemaco) foram notificados pela empresa sobre a dívida do município e possibilidade de interrupção das atividades. O ofício, repassado à reportagem pelo Siemaco, diz que a prefeitura "deixou de cumprir a sua obrigação contratual e legal de regular pagamento por período superior a 90 dias".

Segundo o documento, a prefeitura estaria com dívida de R$ 82,6 milhões com a empresa. A Cavo pediu, segundo o documento, um cronograma de pagamento da dívida e ameaçou, caso a regularização das pendências não seja feita, a suspensão total ou parcial das obrigações de coleta de lixo previstas em contrato.

Até o final da tarde desta segunda-feira (19), o Siemaco não havia recebido uma posição da Cavo e da prefeitura, segundo o presidente da entidade, Manasses Oliveira. Uma assembleia com os trabalhadores está marcada para as 7 horas da manhã da terça-feira, nas unidades da Cavo nas ruas João Bettega e João Negrão.

Na manhã desta segunda, a assessoria de imprensa da Cavo confirmou a existência da dívida e que a empresa aguarda posicionamento da prefeitura. Porém, segundo a empresa, o montante seria maior e chegaria a R$ 120 milhões, pois, na gestão do prefeito Luciano Ducci (PSB), o poder público também teria deixado de realizar repasses.

Procurada pela reportagem, a prefeitura admitiu a dívida, porém, informou que o valor devido está sendo calculado pelo município. A administração, no entanto, disse que o valor seria menor do que o divulgado pela empresa. O município informou que não trabalha com a possibilidade de suspensão da coleta de lixo. Os cálculos da prefeitura serão apresentados apenas na terça-feira, segundo a assessoria de imprensa.

Problemas para os funcionáriosO presidente do Siemaco, Manasses Oliveira, disse que os trabalhadores, na rotina diária, sentem o que pode ser um dos efeitos dessa falta de repasses. "O uniforme de verão dos trabalhadores não foi entregue. Alguns caminhões estão saindo com poucos trabalhadores para a coleta diária. Faltam também sacos de lixo para o trabalho", comentou. Segundo Oliveira, até o momento o salário dos trabalhadores não foi prejudicado, mas o pagamento dos vales refeição e alimentação está agendado para a terça-feira.

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