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Brian de Palma no lançamento de seu novo filme no Festival de Cinema de Veneza | Reuters/Gazeta do Povo
Brian de Palma no lançamento de seu novo filme no Festival de Cinema de Veneza| Foto: Reuters/Gazeta do Povo

A revendedora de gás Prado e Santos, que há um mês foi parcialmente destruída por um incêndio seguido de explosões de botijões, voltou a funcionar e de forma irregular. A empresa, situada no bairro Mercês, em Curitiba, não tem autorização da Agência Nacional do Petróleo (ANP) para retomar as atividades, mas informa, em faixa colocada em frente do estabelecimento, que continua aceitando pedidos pelos mesmos telefones.

A distribuidora Liquigás, que fornecia os botijões para a revendedora, informou por e-mail que suspendeu o envio dos produtos desde que houve o acidente no depósito, visto que suas instalações não estão em condições de receber botijões. Na nota, a Liquigás afirma ainda que o revendedor alugou veículos de terceiros (os seus foram destruídos no incêndio), com o objetivo de manter o abastecimento aos clientes e está operando com apoio de outros revendedores Liquigás. Entretanto, até mesmo atividades comerciais em parceria com outros estabelecimentos credenciados não são permitidas à revendedora, segundo a assessoria da ANP.

A reportagem entrou em contato com os proprietários da revendedora para verificar onde eles estão atendendo. Pelo telefone, uma moça de nome Claudinéia disse que não poderia passar nenhuma informação. Mais tarde, ela forneceu o contato de um dos proprietários que se apresentou como Flávio. Ele não quis dar entrevista e disse que tudo deveria ser resolvido com seu advogado. O telefone e o nome do advogado passados para a reportagem, entretanto, não estavam corretos.

Desde que ocorreu o incêndio no depósito das Mercês, uma equipe especial – formada pelo Corpo de Bombeiros, Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec), Secretaria Municipal de Urbanismo e ANP – intensificou as fiscalizações nos estabelecimentos que vendem gás na capital. Em quase um mês, foram vistoriados 95 comércios, sendo que 66 estavam irregulares. De acordo com o secretário-executivo da Defesa Civil, Renê Witek, oito pessoas foram presas por estarem vendendo GLP sem documentação. "Elas vão responder a um inquérito", explica. Dos 66 estabelecimentos irregulares, 33 foram embargados.

Segundo levantamento feito pelo Corpo de Bombeiros, somente neste ano já foram atendidas 181 ocorrências referentes a vazamentos de gás. Além disso, duas vítimas precisaram ser hospitalizadas por causa de vazamento ou queimaduras com GLP – uma delas morreu.

Laudo

O laudo do Instituto de Criminalística sobre o acidente no depósito das Mercês deve ser concluído e entregue na segunda-feira à delegacia que está cuidando das investigações. Há indícios de que a explosão ocorreu porque funcionários estavam transferindo gás de um botijão para outro, o que não é permitido por lei. O tipo de queimadura deixada no funcionário que se feriu no incêndio reforça essa tese. Os peritos, entretanto, podem ter dificuldades para comprovar a suspeita, já que provas podem ter sido destruídas no incêndio.

Outro laudo que deve ser entregue na próxima semana vai apontar as causas da explosão de dois tanques de álcool de soja na Imcopa – Importação, Exportação e Indústria de Óleos Ltda. O incêndio ocorreu em 18 de abril deste ano em Araucária, região metropolitana de Curitiba (RMC), provocando a morte de quatro pessoas e deixando outras sete feridas. Já em Paranaguá, o laudo das explosões dos dois cilindros de gás no depósito da empresa Sal Diana deve ser concluído na metade deste mês.

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