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Beto Richa afirmou que repetiu, sem pensar, argumento que ouviu de um oficial | Marcelo Andrade/ Gazeta do Povo
Beto Richa afirmou que repetiu, sem pensar, argumento que ouviu de um oficial| Foto: Marcelo Andrade/ Gazeta do Povo

Reivindicação

Policiais participam de audiência pública na Assembleia

Policiais e bombeiros militares estarão na Assembleia Legislativa (Alep), na manhã desta quarta-feira, para discutir com os deputados estaduais a implementação do subsídio da categoria e a exigência de curso superior para ingresso na Polícia Militar.

O governador Beto Richa encaminhou à Alep o projeto de lei para a implementação do subsídio. Porém, segundo a Associação de Defesa dos Direitos dos Policiais Militares (Amai), junto com este material foi entregue uma Proposta de Emenda Constitucional para derrubar a exigência de curso superior para ingresso na PM, conquistada com a aprovação e promulgação da Emenda Constitucional nº 29, em 2010.

Segundo o presidente da Amai, coronel Elizeo Ferraz Furquim, o pedido de desculpas do governador foi aceito pela associação, embora categoria não concorde com as sustentações de Richa. Furquim afirma que a exigência de nível superior pode até resultar em restrições no recrutamento, mas garante a maturidade adquirida nos três ou quatro anos a mais de formação, importante para enfrentar os mais graves conflitos sociais.

O governador Beto Richa (PSDB) pediu desculpas ontem pela declaração que deu na semana passada sobre a "insubordinação" de policiais militares (PMs) com curso superior. Segundo ele, foi "o primeiro grande deslize" de sua vida pública.

A declaração polêmica do governador foi dada na quinta-feira durante entrevista à rádio CBN Curitiba. Naquela oportunidade, o chefe do Executivo disse que "uma pessoa com curso superior muitas vezes não aceita cumprir ordens de um oficial ou um superior, uma patente maior". As palavras do governador foram uma resposta às associações que representam os policiais e que pedem a exigência de curso superior para o ingresso na profissão.

Diante da repercussão do caso, Richa primeiramente disse que havia sido mal interpretado. Ontem, voltou a falar sobre o assunto na CBN. "Tenho humildade suficiente para reconhecer um erro e para pedir desculpas, tanto para a Polícia Militar quanto para muitas pessoas que confiam em mim, que sabem dos meus nobres compromissos em fazer o melhor pela nossa sociedade, a minha responsabilidade como governante. Eu acho que foi o primeiro grande deslize que cometi na minha vida pública", afirmou.

Richa explicou que foi pego de surpresa na entrevista e que cometeu um ato falho. "Errei na minha fala. Foi um argumento que eu ouvi de um oficial, entre os inúmeros argumentos que eu expus, e não é o que eu penso. Ao contrário, quero oferecer oportunidade do curso superior."

O governador voltou a dizer, porém, que não é possível restringir a entrada na PM apenas para agentes com formação superior. "Como é que eu vou exigir de um soldado que está entrando na Polícia Militar um curso superior? Não podemos restringir e discriminar jovens que queiram entrar na Polícia Militar. Depois de entrar, aí sim, nós vamos incentivar para que eles possam ter uma formação superior." De acordo com ele, a Academia Militar do Guatupê estará preparada para oferecer formação superior aos PMs do Paraná. "Os praças vão fazer cursos tecnólogos e, os oficiais, bacharelado em Segurança Pública", disse.

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