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O sistema de sirenes de alerta para o risco de desabamentos em favelas cariocas, instalado em janeiro, foi acionado pela primeira vez na noite de segunda-feira, quando em poucas horas o Rio de Janeiro recebeu o dobro da chuva esperada para todo o mês de abril. Os alarmes soaram em 11 favelas, logo depois que a cidade entrou em "estágio de alerta", que se caracteriza por chuva forte com riscos de alagamentos e deslizamentos.

Muitos moradores, no entanto, preferiram permanecer em suas casas, o que levou o prefeito Eduardo Paes (PMDB) a admitir que o funcionamento do sistema ainda não é ideal. Ele aproveitou para fazer um apelo: "É importante que as pessoas acreditem nas sirenes, porque elas são feitas para salvar vidas". A prefeitura do Rio informou que 70 pessoas recorreram aos pontos de apoio que acolhem os moradores até que o risco de desabamento em suas casas seja descartado. Foram registrados pequenos deslizamentos, sem feridos, nas comunidades JK, Borel, Andaraí e Chacrinha, na região da Tijuca (zona norte). Em toda a capital carioca muitas ruas e praças ficaram alagadas.

A Defesa Civil do Rio registrou mais de 200 chamadas. Na região da Tijuca, um homem morreu afogado na Praça da Bandeira, onde a inundação atingiu também todas as ruas próximas. Carros foram levados pela correnteza e passageiros de ônibus tiveram de ser resgatados por uma grua do Corpo de Bombeiros. No Morro da Formiga uma casa desabou, mas ninguém ferido.

Na Estrada Grajaú-Jaca­repaguá, uma pedra de 600 toneladas despencou de uma barreira e atingiu a frente do carro de Inês Carolina Gomes, de 24 anos, que conseguiu frear e sobreviveu. O bloco de rocha recebeu duas cargas de explosivos para ser desfeito.

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