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Espelhos d’água formaram-se em pontos da BR-364 entre Acre e Rondônia | Odair Leal/Reuters
Espelhos d’água formaram-se em pontos da BR-364 entre Acre e Rondônia| Foto: Odair Leal/Reuters

86 toneladas de mantimentos e medicamentos foram levadas para Rio Branco (AC) no último fim de semana pela Força Aérea e por caminhões do Exército.

17,52 metros foi a altura que o Rio Madeira atingiu na última grande enchente na região, em 1997, e não havia sido superada desde então.

  • Paralisação iniciada na sexta deixou a cidade suja

O trecho da BR-364 entre Rio Branco, no Acre, e Porto Velho, em Rondônia, única ligação por terra do Acre com o resto do Brasil, foi novamente fechado na manhã de ontem, quando o nível do Rio Madeira atingiu 18,72 metros, alagando a rodovia e deixando o estado isolado.

Diante da cheia, o governador do Acre, Tião Viana (PT), reuniu-se com sua equipe em uma sala do Corpo de Bombeiros para discutir ações que evitem o desabastecimento do estado. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e a Polícia Rodoviária Federal de Rondônia (PRF-RO) decidiram manter interditada a passagem de veículos na rodovia por questão de segurança. O tráfego na via está sendo monitorado por policiais rodoviários federais, que permitem a passagem de apenas 20 caminhões por hora. Para isso, foram feitas adaptações mecânicas nos caminhões, necessárias para não fundir o motor.

Em uma das áreas afetadas, a região de Velha Mutum, uma lâmina d’água de 75 centímetros cobre parte da BR, impedindo que carros baixos passem pela rodovia.

Só no último sábado, aeronaves da Força Aérea Nacional levaram 26 toneladas de comida e medicamentos a Rio Branco. Caminhões do Exército também transportaram para o estado 60 toneladas de farinha de trigo durante o fim de semana, produto que estava com estoque reduzido. O Exército disponibilizou quatro veículos, com suspensão elevada, para transportar cargas nos trechos da BR-364 atingidos pelas águas do Rio Madeira. Cada um tem capacidade para transportar até 15 toneladas.

Na semana passada, o prefeito de Porto Velho, Mauro Nazif, havia decretado estado de calamidade pública e aguarda reconhecimento da Secretaria Nacional de Defesa Civil. A cheia recorde ultrapassa em mais de um metro o último registro de enchente, em 1997, quando o Rio Madeira chegou a 17,52 metros.

Limpeza

Rio oferece acordo a garis em greve

A Comlurb, empresa de limpeza urbana do Rio, anunciou que fechou acordo para encerrar a greve de garis na cidade. De acordo com nota divulgada ontem à tarde, os 15 mil garis da cidade terão aumento de 9% no salário.

Os garis estavam em greve desde sexta-feira, o que fez as com que as principais vias do centro da cidade ficassem cobertas de lixo. A categoria fez protestos na região central do Rio nos últimos três dias.

O reajuste elevará o piso dos garis para R$ 874,79. Com o aumento e mais 40% do adicional de insalubridade, o salário inicial de um gari no Rio irá, segundo a Comlurb, para R$ 1.224,70.

De acordo com a Comlurb, o aumento foi negociado entre representantes da empresa e o sindicato da categoria. Os grevistas, no entanto, estão rompidos com o sindicato. Um grupo de 350 marcou uma assembleia para hoje para discutir a proposta.

Na nota, a Comlurb disse não tomaria nenhuma medida punitiva contra quem retornasse ao trabalho até as 19 horas de ontem. "A partir de então, os garis que não voltarem a seus postos serão demitidos", informou a nota.

Foi acordado ainda um aumento de 1,68% dentro de um plano de progressão de carreira. O acordo garante ainda bônus de 100% na hora extra para quem trabalhar nos domingos e feriados, mantendo o direito à folga; plano odontológico para todos; ampliação do prêmio do seguro de vida de R$ 6.000 para R$ 10 mil; aumento do vale alimentação de R$ 12 para R$ 16; auxílio creche para ambos os sexos; e possibilidade de 14.º e 15.º salários mediante resultados.

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