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O ministério da Saúde irá repassar mensalmente R$ 1,42 milhão à Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro para custear o adicional de R$ 566 no salário de 2.500 homens do Corpo de Bombeiros. Eles irão atuar como agentes de combate aos focos do mosquito da dengue, ação que, segundo a Constituição, é atribuição municipal. Durante a cerimônia de formatura dos bombeiros, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, disse, em discurso, que o ministério e a secretaria estadual tomaram a iniciativa porque a atuação do município resultou "num dos sistemas mais incompetentes, caros e ineficientes do País".

Em 2008, a capital fluminense foi responsável pela notificação de 124.566 novos casos da doença, na epidemia mais letal já registrada na história do Estado. Das 174 mortes confirmadas até 1º de outubro, cem foram na cidade. "Uma autoridade municipal disse recentemente na imprensa que não havia motivo para tanta confusão, já que todo mundo já havia sido infectado e, por isso, não haveria epidemia", criticou Temporão. O argumento baseia-se no fato científico de que uma pessoa raramente volta a contrair a doença com o mesmo tipo de vírus que já contraiu, no caso do Rio, o dengue do tipo dois.

Segundo o ministro, no início do ano o caos só não foi maior porque os governos federal e estadual se uniram e montaram as tendas de hidratação para fazer a triagem dos casos e o atendimento básico à população. O subsecretário estadual de Atenção à Saúde, Manoel Santos, que representava o secretário estadual Sérgio Côrtes na cerimônia, disse que o Estado resolveu adotar uma atitude proativa "e não (ficar) minimizando a situação prevista para acontecer nesse verão".

Políticas contra dengue

O prefeito do Rio, Cesar Maia (DEM), em entrevista por e-mail, respondeu que "a operação de combate ao vetor é municipal, mas as políticas são nacionais". "Mosquito não sabe onde começa uma cidade e termina outra", disse. Segundo ele, o município possui mais de 8 mil agentes de saúde e também treina os garis para fazerem esse trabalho de destruição dos focos.

Os bombeiros começarão a trabalhar no dia 1º de novembro, realizando visitas domiciliares para prevenir e combater focos do mosquito Aedes aegypti. Hoje, mil bombeiros receberam o certificado de conclusão do curso. Daqui a 15 dias haverá a formatura de mais 1,5 mil.

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