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Embora lento, nível de água no Cantareira apresenta recuperação | Luis Moura / Parceiro / Agência O Globo
Embora lento, nível de água no Cantareira apresenta recuperação| Foto: Luis Moura / Parceiro / Agência O Globo

Depois de um período de seca em 2013 e 2014, o nível do sistema Cantareira vem subindo nas últimas semanas.

Nesta quinta-feira (19), o sistema passou de 8.9% para 9.5% de sua capacidade, de acordo com relatório divulgado pela Sabesp.

Nos últimos dias, o nível do reservatório tem crescido 0.6 ponto percentual diariamente. No primeiro dia de fevereiro, o nível estava em 5%.

Um dos motivos para a recente alta é a chuva que, a nove dias do fim de fevereiro, já ultrapassou a média histórica para o mês.

Outro fator que contribui para a alta no Cantareira é o aumento do volume também nos rios que o abastecem.

Os rios Piracicaba e Atibaia, por exemplo, foram da seca à cheia em um ano.

O Piracicaba, 12 meses após sua pior seca em três décadas, subiu tanto que atingiu, na quarta (18), 4,32 m, preocupando as autoridades locais e deixando a cidade de mesmo nome (a 160 km de São Paulo) em estado de emergência -situação que passa a vigorar quando o nível do rio atinge 4,2 m.

Nesta quinta, o Piracicaba estava mais baixo, com 3,36 m, razão pela qual o estado passou a ser "de atenção".

Já em Atibaia (a 64 km de São Paulo), o rio homônimo, que é afluente do Piracicaba, transbordou na quarta e nesta quinta, alagando ruas dos bairros Parque das Nações e Jardim Kanimar. De acordo com a administração municipal, é a primeira vez que o rio alaga desde 2011.

Ontem, o rio tinha 3,4 m. De acordo com a Defesa Civil local, se o volume aumentar em 0.1 m, há risco de que a água invada casas.

Os rios da região são monitorados pelo DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica) e pelo Consórcio PCJ (Consórcio das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí).

A bacia PCJ abastece o sistema Cantareira, que fornece água para as regiões metropolitanas de Campinas (93 km de São Paulo) e São Paulo. Apesar da elevação dos rios e das represas, a situação do abastecimento de água ainda é considerada grave.

A reportagem mostrou nesta quinta que, nas projeções do governador estadual e da Sabesp, o rodízio de água será evitado se as chuvas conseguirem elevar o nível do sistema Cantareira a um patamar entre 13% e 14% até o final de março e se as obras emergenciais previstas para elevar a capacidade dos reservatórios não atrasarem.

O governador Geraldo Alckmin, entretanto, negou a informação. "Não há nenhuma procedência nessa informação. Não há nem discussão sobre isso", disse o tucano.

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