Se em todo o país o maior risco de rebeliões está nas unidades penitenciárias, no Paraná a situação é mais caótica nas delegacias de polícia. O grande número de presos é uma realidade constante nas carceragens, devido principalmente à falta de vagas no sistema prisional. Das sete rebeliões ocorridas no estado desde o fim de semana, cinco foram em delegacias: Toledo, Cascavel, Umuarama, Assis Chateubriand e Campo Mourão.
"A situação dos nossos encarcerados são desumanas", diz a advogada Lúcia Beloni, presidente da Comissão de Estabelecimentos Prisionais da seção paranaense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PR). "No sistema nem tanto, mas nas delegacias as condições são uma coisa inaceitável", completa. Lúcia desenvolve um trabalho com o objetivo de encaminhar para o sistema os presos já condenados e que continuam em delegacias.
O governo do estado pretende resolver o problema da superlotação com a inauguração de 12 novas unidades. Para o criminalista Dálio Zippin Filho, isso não será o suficiente. "Temos mais de 10 mil presos nas cadeias públicas e entram 300 presos por mês. A cada três meses, lotaremos uma penitenciária", afirmou.
O presidente da União da Polícia Civil do Paraná, Wilson Villa, confirma o problema. "Se tiram 200 presos neste mês, no outro já tem mais 200", comentou. "A situação já foi pior, mas ainda é complicada. Além de fazerem seu trabalho, os policiais ainda têm que cuidar de presos." (JML)
- Detentos seguem orientação de advogado e deflagram rebelião
-
Órgão do TSE criado para monitorar redes sociais deu suporte a decisões para derrubar perfis
-
Relatório americano divulga censura e escancara caso do Brasil ao mundo
-
Mais de 400 atingidos: entenda a dimensão do relatório com as decisões sigilosas de Moraes
-
Lula afaga o MST e agro reage no Congresso; ouça o podcast
STF estabalece regras para cadastro sobre condenados por crimes sexuais contra crianças
Órgão do TSE criado para monitorar redes sociais deu suporte a decisões para derrubar perfis
Proposta do Código Civil chega nesta quarta ao Senado trazendo riscos sociais e jurídicos
Método de aborto que CFM baniu é usado em corredor da morte e eutanásia de animais