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A morte da menina Giovanna dos Reis Costa, de 9 anos, em um suposto ritual de magia negra levou o presidente da Associação de Preservação da Cultura Cigana no Paraná (Apreci), Cláudio Domingos Iovanovitchi, a esclarecer que o ato não é da cultura cigana. Os acusados Pero Petrovitch Theodoro Vich, de 19 anos, e a mãe, Vera Petrovich, 53, são ciganos e conhecidos de Iovanovitchi. "Eram pessoas pacatas e ordeiras, mas cabe à polícia investigar se eles foram julgados (pela população) injustamente ou não". Em nota divulgada à imprensa na tarde de ontem, ele declara que "o direito a não discriminação deve prevalecer".

Mãe e filho estão presos, mas se declararam inocentes. O crime aconteceu na véspera da Semana Santa de 2006, em Quatro Barras, na região metropolitana de Curitiba. Após um ano de investigações, a Polícia Civil concluiu que um ritual de magia negra teria levado Giovanna à morte. A menina desapareceu no dia 10 de abril de 2006. Dois dias depois o corpo foi encontrado em um terreno baldio, em um saco plástico. Os envolvidos são acusados de homicídio qualificado, com pena de 12 a 30 anos.

Para Iovanovitchi, o problema está em generalizar. "Há uma confusão entre a etnia e um caso específico. Encontramos muita ignorância em relação ao povo cigano." A Apreci pretende levar à comunidade mais informações para evitar que mitos e lendas gerem uma carga negativa a respeito dos ciganos.

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