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Rodovia teve neste ano uma morte a cada quatro quilômetros | Osmar Nunes/Gazeta do Povo
Rodovia teve neste ano uma morte a cada quatro quilômetros| Foto: Osmar Nunes/Gazeta do Povo

Umuarama - A rodovia PR-323, no trecho de 200 quilômetros entre Maringá e Iporã, no Noroeste do Paraná, transformou-se numa das estradas mais perigosas do interior do estado. De acordo com balanço da Polícia Rodoviária Estadual (PRE), de janeiro a agosto do ano passado 24 pessoas morreram em 295 acidentes em 140 quilômetros da pista entre Maringá e Cruzeiro do Oeste, enquanto no mesmo período de 2009 foram 36 mortos em 320 acidentes. Portanto, aumento de 50% no número de casos fatais.

Na avaliação do comandante do posto da PRE em Cruzeiro do Oeste, sargento Carlos Roberto Marcheto, a imprudência é a cau­­sa da maioria dos acidentes. Entre Maringá e Umuarama a rodovia ainda conta com terceira pista em alguns trechos, o que dá mais fôlego para os motoristas ultrapassarem os caminhões e outros veículos lentos. Mas entre Umuarama e Iporã não há terceira pista e o estacionamento ainda está em situação crítica na maior parte do trecho.

O número de acidentes au­­menta na mesma proporção em que aumenta o movimento. Pri­­meiro, foram os caminhoneiros que elegeram a estrada como desvio das cinco praças de pedágio entre Foz do Iguaçu e Ma­­ringá. Com isso, o aumento foi de 25%, segundo a PRE. Depois veio o aumento na frota de veículos e, por último, o crescimento no número de pessoas que vão às compras no Paraguai, através de Guaíra, principalmente os sacoleiros fugindo da fiscalização em Foz.

Apesar dos poucos acidentes graves, o trecho entre Umuarama e Perobal é considerado muito perigoso porque a pista é simples e tem várias curvas. O sargento Marcheto diz que nas operações com radar a polícia flagra constantemente motoristas fazendo ultrapassagens forçadas. "É uma estrada para se dirigir com muita cautela e ultrapassar apenas com segurança".

A pista da PR-323 está em boas condições. O superintendente do Departamento de Estradas de Rodagens (DER) em Maringá, Otávio José da Rocha, diz que a rodovia está em obras para corrigir alguns defeitos e em seguida serão recuperados os acostamentos, principalmente entre Umua­­rama e Iporã.

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