Audiência
O MP de São Paulo vai ouvir na próxima semana jovens que organizaram ou que participaram de "rolezinhos". As conversas são parte de uma mediação proposta por promotores que envolverá o donos de shoppings, o poder público e os próprios jovens. Os "rolezinhos" nos shoppings estão sendo discutidos por várias entidades.
A ministra Maria do Rosário, da Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República, disse ontem que "rolezinho não é caso de polícia, é caso de presença da juventude". "Ainda que os shopping centers sejam lugares privados, eles são lugares para onde o público é convidado a ir; as pessoas não podem ser separadas nesses lugares entre aquelas que têm dinheiro para consumir e aquelas que não têm", justificou.
No discurso que fez durante uma solenidade em Porto Alegre, Mara reconheceu que ainda há violência praticada por agentes públicos no país. "No Brasil nós não negamos o quanto nos envergonha a manutenção de violência de estado e das violações de direitos humanos que ocorrem em nosso país em cada unidade da federação", admitiu. "Ocorre que o primeiro passo para a superação dessa violência é justamente o reconhecimento de que estamos diante dela", afirmou, enumerando providências tomadas nos últimos anos para combater o trabalho análogo ao da escravidão e proteger direitos das crianças, adolescentes e mulheres.
Duas medidas
No que depender da Justiça do Rio, o "rolezinho" está liberado em Niterói, cidade da região metropolitana, e está proibido no Leblon, bairro mais nobre da zona sul da capital fluminense. Rolezinhos estão marcados para hoje, no shopping Plaza Niterói, e para o domingo, no Shopping Leblon.
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