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Repetindo tradição de 112 anos, pelo menos 50 mil católicos participaram neste domingo da romaria ao bairro de Aparecidinha, em Sorocaba, a 92 km de São Paulo. Num andor carregado pelos fiéis, uma imagem de Nossa Senhora Aparecida foi levada da Catedral, no centro da cidade, para o santuário do bairro, distante 15 quilômetros. A ida da santa no segundo domingo de julho é uma parte da tradição religiosa que se completa com a volta - o retorno para a catedral - no primeiro dia do ano.

A romaria teve início na Praça Fernando Prestes, com uma missa campal na frente da Catedral. Os fiéis seguiram com o andor pelas ruas centrais e fizeram uma parada na Santa Casa, na avenida São Paulo, para a bênção aos enfermos. A caminhada seguiu por ruas e avenidas fechadas para o trânsito até tomar a estrada de terra de acesso ao bairro. Muitos fiéis caminharam descalços para pagar promessas. Os sócios Rafael Vieira e Gustavo Morais distribuíram cinco mil copos de água em gratidão à santa pelo bom andamento da empresa. Casais levavam crianças vestidas de anjos.

Na chegada ao bairro, houve queima de fogos e a celebração de outra missa campal. Para acomodar a multidão, foi preciso fechar para o trânsito o bairro todo. O número de fiéis foi estimado pela Polícia Militar, mas os organizadores calcularam em cerca de 90 mil. De acordo com historiadores, a tradição começou quando a cidade era castigada pela febre amarela, no final do século 19. Por invocação à santa, o bairro ficou livre da doença. A primeira romaria de que se tem registro ocorreu em 1899. Em 2009, a ONG Memória Viva pediu ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) o tombamento da Romaria da Aparecidinha como patrimônio cultural. O processo está em análise.

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