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Rio (AE) – O rompimento, há dois dias, da barragem de uma empresa em Miraí, na zona da mata mineira, arrastou, para um rio que deságua em um afluente do Paraíba do Sul, 400 mil metros cúbicos de lama (400 milhões de litros), resíduos do processamento de bauxita. O Paraíba é responsável pelo abastecimento de água de cerca de 80% dos fluminenses.

Apesar do laudo sobre a possível toxicidade da lama não ter sido concluído até o início da noite de ontem, o abastecimento e a captação de água no Rio Muriaé foram suspensos no município fluminense de Laje do Muriaé, o primeiro a ser atingido pelo vazamento da barragem da mineradora Rio Pomba Cataguases Ltda. Com a nascente em Miraí, o Muriaé percorre duas cidades mineiras (Muriaé e Patrocínio) e, já no estado do RJ, segue por Lages, Itaperuna, Italva, Cardoso Moreira e, em Campos deságua no Paraíba do Sul. As quatro últimas também poderão ter o fornecimento de água suspenso, segundo a Defesa Civil.

Diante dos danos causados pelo acidente, a Procuradoria-Geral do Estado informou que vai entrar com uma ação penal contra a empresa responsável pelo acidente, a mineradora Rio Pomba Cataguases Ltda., requerendo indenização. "O volume de lama carreada é tão grande que a água em Miraí, onde ocorreu o vazamento, se transformou numa espécie de pasta. Moradores da região relataram que toda a fauna do Rio Muriaé foi dizimada, pois a lama, mesmo que não seja tóxica, altera o pH da água, reduzindo o oxigênio", disse hoje o secretário estadual de Defesa Civil, coronel Carlos Alberto de Carvalho.

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