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O roubo a 170 cofres particulares da agência do Itaú na Avenida Paulista, no centro de São Paulo, pode ter sido orquestrado por uma quadrilha especializada no furto de joias. A forma "limpa" como os criminosos agiram, sem violência excessiva, levam a polícia a apontar essa como uma das principais hipóteses.

Segundo policiais, os bandidos que praticam roubo a banco agem mesmo durante o dia, usando normalmente fuzis e não há nenhuma especialização entre seus integrantes. Já as características da ação realizada na agência do Itaú entre os dias 27 e 28 de agosto - que veio à tona somente no início desta semana - são completamente diferentes. No boletim de ocorrência consta que os criminosos usavam apenas pistolas. "Poderia ter sido um furto, não fosse o fato de terem dominado os vigilantes", afirma uma das pessoas ligadas à investigação.

A polícia já sabe que o grupo contou com ajuda especializada, incluindo um arrombador de cofres. Na hierarquia do crime, é um dos profissionais mais valorizados, e costuma receber alta remuneração. Normalmente, é contactado por ladrões de joias e não mantém relação com a quadrilha após a ação.

Furadeiras, serras de diversos tipos, compressores, transformadores, maçaricos e cilindros de oxigênio e acetileno, entre outros equipamentos profissionais, foram usados pelos criminosos. "Com certeza, mais da metade do grupo era formada por pessoas com conhecimentos específicos. Só elas saberiam usar esse material", diz um dos responsáveis pela investigação. A polícia já procura em seu banco de dados criminosos que possam estar nas ruas com esse perfil. Informantes também foram acionados para interceptar transações entre receptadores de joias.

12 dias depois. Além da 5.ª Delegacia de Repressão a Roubo a Banco do Departamento de Investigações sobre Crime Organizado (Deic), também atua na investigação a 2.ª Delegacia de Repressão a Roubo de Joias. Os equipamentos usados e deixados para trás pelos bandidos chegaram ontem ao Deic, 12 dias após o assalto. O material foi periciado no dia do roubo, mas ainda não havia sido apresentado. O secretário estadual de Segurança, Antonio Ferreira Pinto, apura os motivos da demora no início das investigações. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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