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A liberação antecipada das ruas pela prefeitura de Curitiba às 17 horas, três horas antes do previsto, prejudicou a organização do pedalaço promovido às 18h30 pelo movimento Bicicletada. Motoristas e ciclistas nem souberam ocupar pacificamente as ruas da cidade.

Cerca de 350 ciclistas partiram da Reitoria da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Com faixas nas mãos, os manifestantes tentaram fechar a Rua Amintas de Barros, para iniciar a manifestação às 19 horas. Visivelmente alterado, um motorista avançou sobre os ciclistas e passou sobre uma bicicleta. Um grupo de manifestantes tentou parar o carro a pontapés. Ninguém ficou ferido.

O comportamento do motorista ilustra o individualismo que permeia a sociedade atual, conforme ressalta um dos integrantes da Bicicletada (movimento iniciado em 2005 em Curitiba, apartidário e sem líder), o professor de ioga e filósofo Goura Nataraj. "As pessoas não imaginam que, usando carro, contribuem para o aquecimento global do planeta", diz. Nataraj levou sua filha, de apenas 40 dias, para participar da manifestação.

O pedalaço seguiu pelas ruas XV de Novembro e Riachuelo, parando na prefeitura por volta das 21 horas. Na prefeitura, os manifestantes entregaram uma carta solicitando mais atenção do poder público para a questão da mobilidade urbana.

Diferente do ocorrido no ano passado, quando ciclistas ficaram nus, os manifestantes permaneceram vestidos. "Nossa intenção é chamar a atenção para o Dia Sem Carro, não para o Dia dos Pelados", disse André Mendes, um dos participantes do movimento.

Os vereadores Jonny Stica e Omar Sabbag Filho protocolaram nesta terça-feira (22) um pedido para que a prefeitura inclua bicicletários em todas as estações do futuro metrô da capital. A medida foi votada e aprovada na Câmara Municipal.

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