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Além de ser o período com a fiscalização mais frágil, o horário de rush concentra acidentes de trânsito com vítimas em Curitiba. Segundo as estatísticas do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran), no ano passado as três horas do dia campeãs em acidentes com mortos ou feridos foram, pela ordem, os períodos das 19 às 20 horas (454 acidentes), das 18 às 19 horas (447) e das 17 às 18 horas (415) – veja infográfico. A maior movimentação de veículos ocorre entre as 18 e 19 horas.

Para a coordenadora do Núcleo de Psicologia do Trânsito da Universidade Federal do Paraná, a psicóloga Iara Picchioni Thielen, a presença do agente de trânsito nas ruas é fundamental para evitar acidentes e melhorar o trânsito.

"Eu não tenho a mínima dúvida de que o comportamento do motorista é outro quando tem fiscalização", diz Iara. Em sua tese de doutorado, realizada entre 2001 e 2002, a professora da UFPR estudou justamente o comportamento de curitibanos reincidentes em infrações de trânsito, com mais de nove multas por excesso de velocidade. "Eles dizem que só foram multados porque não sabiam que havia um radar naquele ponto." Ou seja, a presença da fiscalização (eletrônica ou não) é suficiente para mudar o comportamento do infrator.

Para a psicóloga, além da fiscalização no horário de rush, a Diretran também deveria focar suas ações nos fins de semana, quando ocorrem os acidentes com mais gravidade, principalmente por conta de muitos saírem para beber.

Pelos dados do BPTran, sábado foi o dia em que mais ocorreram acidentes com vítimas em Curitiba em 2005 (1.134 ocorrências). Mas o efetivo da Diretran que sai às ruas nos fins de semana é de apenas um terço do que sai nos dias de semana. Segundo a prefeitura, isso ocorre por causa das escalas e da legislação trabalhista, que prevê pelo menos um fim de semana de folga por mês para os funcionários.

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