A Sabesp deve entregar, na próxima segunda-feira (6), à ANA (Agência Nacional de Águas) o novo plano de operação dos reservatórios do sistema Cantareira.
O plano, que traz a estratégia prevista até o final de abril do ano que vem, foi a condição imposta pela agência para avaliar a autorização do uso da segunda cota do chamado volume morto (água que fica abaixo do nível de captação por gravidade).
O nível disponível para utilização do Cantareira voltou a cair neste sábado (4). O volume caiu 0,2 ponto percentual -de 6,4% para 6,2%.
Desde maio, o abastecimento da região metropolitana de São Paulo é feito com o uso da reserva técnica conhecida como volume morto. Esse recurso entrou em operação em 16 de maio, quando o volume útil tinha baixado para 8,2%. Naquele período, houve acréscimo de 18,5% na oferta, o equivalente a 182,5 bilhões de litros.
A expectativa da Sabesp agora é usar mais 106 milhões de metros cúbicos da segunda cota da reserva técnica. Segundo o secretário estadual de Saneamento e Recursos Hídricos, Mauro Arce, a primeira cota da reserva técnica do Sistema Cantareira deve se esgotar no dia 21 de novembro.
Racionamento
Apesar das chuvas que atingiram algumas regiões do Estado nos últimos dias, o racionamento oficial de água já atinge 2,77 milhões de pessoas em 25 municípios.O número de habitantes afetados é 32% maior do que em agosto, quando levantamento da Folha mostrou que 2,1 milhões viviam sob rodízio em 18 cidades.
O racionamento oficial ocorre em municípios onde os serviços de abastecimento de água e tratamento de esgoto são de responsabilidade das prefeituras.
Não há na lista cidades em que o sistema é gerenciado pela Sabesp, embora a empresa venda água para algumas delas.
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