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Os 14 maiores supermercados de Curitiba e região metropolitana terão um mês para apresentar sugestões alternativas ao uso de sacolas plásticas. A decisão foi tomada em uma reunião realizada, ontem, no Ministério Público do Paraná, com a presença de representantes do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Proteção ao Meio Ambiente (Caop), da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e dos supermercados.

De acordo com o procurador de Justiça Saint-Clair Honorato Santos, coordenador do Caop, o objetivo não é impor aos supermercados nenhum modelo específico de gerenciamento desse material. "Estabelecemos contato, num primeiro momento, com a Associação Paranaense de Supermercados (Apras), para que ela propusesse uma solução conjunta, mas como a associação alegou não ter competência para assumir obrigações em nome de seus associados, notificamos diretamente os supermercados", afirma o procurador.

A cada mês, o passivo ambiental gerado pelos supermercados do Paraná gira em torno de 80 milhões de sacolas. Uma das opções possíveis a serem adotadas pelos supermercados é a substituição das sacolas comuns pelas sacolas oxi-biodegradáveis, feitas de material que se decompõe sem a necessidade de ser enterrado, apenas pela atuação da temperatura, do sol, do vento e de outras variáveis naturais. Esse tipo de material se desintegra em um período de 18 meses, enquanto o plástico comum demora até 500 anos para se decompor totalmente. "Esse tipo de sacola é muito menos danoso ao meio ambiente, embora o ideal é que o consumidor aprenda a utilizar nas compras as sacolas de pano, que podem ser lavadas e reutilizadas centenas de vezes", diz Saint-Clair Honorato Santos.

Maringá

Em fevereiro deste ano, foi lançado em Maringá o projeto "Sacolas Ecológicas", da ONG Fundação Verde em parceria com a prefeitura da cidade, o Ministério Público, o Instituto Ambiental do Paraná (IAP), a Polícia Ambiental, a Associação Comercial e a Associação dos Supermercadistas do Norte do Paraná. Desde então, ficou determinado que todos os órgãos municipais utilizem apenas sacos de lixo oxi-biodegradáveis. Somente a prefeitura utiliza 500 mil sacos de lixo por ano. Os supermercados da cidade utilizam cerca de 15 milhões de sacolas por mês. Cada uma das quatro feiras da cidade gasta cerca de 100 mil sacos mensalmente.

Na mesma ocasião, 21 empresas que já utilizavam as sacolas ecológicas receberam o selo "Empresa Amiga do Planeta", título da Funverde que visa incentivar empresas com boas práticas ecológicas. Segundo a fundadora da ONG, Ana Domingues, o custo da sacola é até 10% maior do que o das sacolas comuns, dependendo da negociação, e a qualidade é a mesma do produto tradicional. "É exatamente igual, só tem a mais o aditivo que quebra as moléculas do plástico, para que se decomponha mais rápido", explica.

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