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| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Ressaca histórica no litoral, ventos de quase 100 quilômetros por hora e granizo no interior do estado. Os eventos climáticos mais recentes no Paraná deixaram um rastro de estragos desde o último fim de semana. Segundo a meteorologista Josélia Pegori, do Instituto Climatempo, o fenômeno de Finados foi causado pela combinação de uma frente fria com um sistema de baixa pressão atmosférica, que levou à formação das chamadas “linhas de instabilidade” no estado. “Essas linhas são um conjunto de nuvens cumulus-nimbus, nuvens extremamente fortes, que provocam raios, trovoadas, chuvas, granizo e ventos fortes”, explica.

Essa condição, conforme ela, já havia ocorrido neste ano no Paraná e ainda pode ocorrer novamente. “É algo que se forma em qualquer época do ano. A diferença que tivemos desta vez foi o fato de termos várias nuvens atuando juntas ao mesmo tempo na região Sul do Brasil”, assinala Josélia.

Antes de chegar ao Paraná na quarta, a forte ventania que atingiu a região Sul do Brasil passou por Soledade (RS) na terça (1ª), com velocidade de 114 km/h e Morro da Igreja (SC), com 112 km/h. Em Diamante do Norte (PR), foram registrados ventos na quarta de 111 km/h. Foz do Iguaçu foi uma das cidades brasileiras que mais registraram acumulados de chuva ao longo de quarta-feira (61 mm).

Somente no feriado de quarta-feira (2), Dia de Finados, o temporal registrado afetou 747 pessoas, segundo balanço da Defesa Civil. Ao todo, foram dez cidades atingidas – Cascavel, Cianorte, Londrina, Maringá, Nova Esperança, Primeiro de Maio, Querência do Norte, Rondon, Santa Isabel do Oeste e São José dos Pinhais. A maior parte dos atendimentos da Defesa Civil esteve relacionada a destelhamentos de casas e queda de árvores, devido à velocidade dos ventos.

No final de semana, uma ressaca já tinha assustado moradores e comprometido a estrutura de cidades do litoral paranaense. A situação teve a influência de um ciclone extratropical que passou pelo Rio Grande do Sul.

Para os próximos dias, no entanto, não há previsão de temporais. De acordo com o Instituto Simepar, a expectativa é que uma massa de ar mais estável favoreça uma sexta-feira (4) de maior estabilidade na região Sul do país.

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