Mais de 30 expositores, de 20 países diferentes. O Salão do Estudante traz sua 22.ª edição a Curitiba, nesta sexta-feira (4), recheado de dicas para quem busca fugir da crise com qualificação profissional. Além de universidades estrangeiras, agências de viagem e órgãos governamentais vão trazer exposições, com dicas e orientações. A programação inclui palestras sobre alguns dos destinos mais populares entre os brasileiros. A entrada é gratuita.
A forte presença de universidades portuguesas é um dos destaques do evento. A utilização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como porta de entrada para as instituições portuguesas – que começou em 2014, com a Universidade de Coimbra – levou a um boom de brasileiros naquele país. E agora os expositores voltam seus olhos para cá, explica o gerente de marketing da Business Marketing Internacional, empresa responsável pelo salão, Leandro Reis.
Só a Universidade do Porto saltou de três mil brasileiros, entre 1980 e 2010, para cinco mil, nos últimos cinco anos. Além da facilidade de acesso, há a facilidade do idioma e uma vantagem financeira, já que o custo de vida em Portugal é relativamente barato, em relação a outros países europeus, explica Reis.
A busca por destinos alternativos é uma estratégia de fuga da crise que ganhou força. No estudo da língua inglesa, por exemplo, Estados Unidos e Inglaterra perdem espaço para Canadá, África do Sul e Malta. Para a língua espanhola, destinos da América Latina são uma opção crescente, como Argentina, Uruguai, Chile e Colômbia.
A mudança de planos não é motivo para frustração. Pelo contrário, “as pessoas voltam encantadas”, conta a diretora da agência de intercâmbio World Place, Carolina Kokis. A facilidade de acesso à informação ajuda. “Mudou muito essa cultura de as pessoas já pensarem nos Estados Unidos [como único destino]. Até porque as pessoas estão bastante antenadas”, conta.
O perfil dos cursos procurados também mudou. Muita gente que está inserida no mercado de trabalho trocou as férias de turismo por cursos intensivos, de três a quatro semanas, como vistas à qualificação profissional. “Todos estão preocupados com o futuro e querem estar preparados. E um idioma hoje em dia acaba sendo não um diferencial, mas mandatório”, opina Fabricio Mahssan, gerente da Central de Intercâmbio.
Já quem está fora passou a optar por cursos mais longos, de seis meses a um ano, o que garante um domínio maior da língua estrangeira. Além disso, muitos deles permitem que o intercambista trabalhe, seja na sua área de origem ou em um emprego de subsistência.
Caso da designer Rafaela Lech, 22 anos, que chegou a trabalhar um ano na área depois de se formar, mas optou por um intercâmbio para “ampliar os horizontes”. A jovem pretende estudar Design lá fora. Mas, antes, quer focar no inglês. Por isso escolheu a Irlanda, onde vai poder trabalhar enquanto estuda inglês por seis meses. Ela pretende emendar o curso com uma pós-graduação na sua área. Caso consiga a matrícula, a Irlanda permite prorrogação do visto por mais dois anos.
Serviço
A edição curitibana da 22.ª edição do Salão do Estudante será nesta sexta-feira (4), das 15h às 20h, no Hotel Four Points Sheraton (Av. 7 de Setembro, 4211). A entrada é gratuita, mas é preciso se inscrever no site do evento e apresentar o convite impresso na entrada.
Além de 31 estandes com universidades, agências de intercâmbio particulares e governamentais, o Salão do Estudante terá uma programação de palestras. Confira os horários:
15h40: Tudo sobre vistos e estudar nos Estados Unidos
16h20: Inglês e certificado / Programas de estágio na Califórnia
17h: Estude em Coimbra, Portugal
17h40: Estude na Polônia
18h20: High School: Saiba tudo sobre ensino médio no exterior
18h55: Estude em Portugal
