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 | Pedro Serapio / Gazeta do Povo
| Foto: Pedro Serapio / Gazeta do Povo

Embora sejam aspectos bastante valorizados por quem frequenta salões de beleza, a higiene e segurança sanitária passam por detalhes que, muitas vezes, não são percebidos nem pelos clientes assíduos. Alicates de unha sem esterilização; lixas reaproveitadas; materiais como toalhas e pincéis de maquiagem reutilizados sem higienização adequada são exemplos de práticas irregulares que implicam riscos à saúde tanto dos clientes quanto dos profissionais. Entre as doenças que podem ser contraídas estão hepatites virais, micoses, dermatites e até mesmo sarna.

Exigências

A legislação estadual elenca uma série de requisitos de infraestrutura, procedimentos, esterilização, manicure/pedicure, cabelereiro/barbeiro, saúde ocupacional, depilação, condições gerais do estabelecimento e serviços domiciliares.

Os itens examinados em cada categoria são classificados em imprescindíveis, necessários e recomendáveis.

Entre os itens imprescindíveis estão:

> Area exclusiva para a limpeza, embalagem e esterilização de materiais;

> Trocar luvas descartáveis utilizadas por manicures e pedicures a cada cliente;

> Utilização de toalhas e lençóis limpos e exclusivos para cada procedimento realizado;

> Realização de limpeza prévia de alicates e espátulas com água, detergente, enxágue e secagem;

> Instalação de autoclave para esterilização adequada dos materiais – sendo expressamente proibido o uso de fornos elétricos, estufas, equipamentos à base de radiação ultravioleta e esterilização química por imersão.

Com o objetivo de evitar esse tipo de problema, a Vigilância Sanitária de Curitiba vai realizar uma ação de orientação nos salões de beleza, barbearias e espaços de depilação da cidade a partir de abril. Esses estabelecimentos já estão sujeitos à Resolução 700/2013, da Secretaria de Estado da Saúde, que define regras para a instalação e o funcionamento desses locais. No entanto, o acompanhamento do cumprimento da legislação estadual se faz necessário para reduzir a exposição dos usuários.

A capital paranaense tem, hoje, 1,6 mil salões de beleza e barbearias cadastrados. A licença sanitária para esse tipo de negócio deve ser renovada a cada três anos. De acordo com a Vigilância Sanitária, na primeira etapa da ação, técnicos do órgão realizarão inspeções nos estabelecimentos cuja licença tem de ser renovada até dezembro. Havendo irregularidades, as adequações necessárias serão solicitadas. Os responsáveis terão prazos de 30, 60 e 90 dias para providenciar a regularização, sob pena de multa que varia entre R$ 800 e R$ 5 mil.

De acordo com a coordenadora da Vigilância Sanitária municipal, Giselle Kosiak Poitevin Pirih, a aplicação da legislação independe do tamanho e perfil do estabelecimento. “Os cuidados com higienização de materiais, utilização de materiais descartáveis e descarte de resíduos devem ser cumpridos para a segurança dos clientes. Um instrumento contaminado pode transmitir doenças para inúmeras outras pessoas”, reforça. A atenção deve ser redobrada com instrumentos cortantes, como alicates ou lâminas de barbear, que são canais fáceis de contaminação uma vez que o vírus sobrevive no sangue deixado nesses instrumentos.

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