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Sem verbas para fazer a manutenção das ambulâncias, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Londrina teve de em­­prestar dois carros do Estado para não interromper os atendimentos. Dos 12 veículos do serviço de emergência, apenas três estão em funcionamento. Ontem, o Samu atendeu com cinco veículos, sendo dois emprestados de dois hospitais da cidade.

Segundo o chefe da frota do Sa­­mu, Valdemir Juliano, o repasse para a manutenção das ambulâncias foi suspenso pelo Centro Inte­­grado de Apoio Profissional (Ciap) na última terça-feira. Desde então, os carros estão parados. Cinco veículos estão em oficinas e quatro permanecem no pátio da unidade à espera de conserto.

O coordenador do Samu, Elân­­dio Câmara, afirmou ainda que as oficinas não querem mais prestar serviço enquanto o pagamento for feito pelo Ciap. "De uma semana pra cá, eles estão recusando pegar os carros da prefeitura", disse. Ele afirmou que o atendimento não foi prejudicado ontem em razão do empréstimo dos veículos dos Hospitais da Zona Norte e Zona Sul. "Conver­­samos com a direção dos hospitais e elas liberaram as ambulâncias até que as nossas sejam consertadas", ressaltou.

A Câmara informou que a expectativa é de que os veículos voltem a atender os pacientes até o fim desta semana. "A prefeitura ficou de fazer o repasse para o conserto dos veículos, esperamos que o dinheiro seja liberado o quanto antes para tirarmos as ambulâncias da oficina", disse.

A reportagem tentou contato com o secretário de Saúde, Jair Gravena, e com o prefeito Barbosa Neto (PDT), mas ambos estavam com os celulares desligados. A assessoria de imprensa informou que os repasses de julho para a manutenção foram retidos pelo fato de o Ciap não ter apresentado os documentos exigidos. A prefeitura afirmou ainda que pode recorrer à Justiça se o serviço não for normalizado. A reportagem tentou contato com o Ciap, mas ninguém atendeu às ligações.

Salários

Parte dos 1,1 mil funcionários do Ciap recebeu ontem o salário referente ao mês de julho. Apenas os profissionais do Programa Saúde da Família (PSF) ainda não foram pagos. Os salários estavam atrasados desde o dia 6 de agosto.

Segundo o presidente do Sin­­dicato dos Empregados em Estabe­­lecimentos de Serviços de Saúde de Londrina e Região, Júlio Aranda, os funcionários do PSF têm conta em bancos diferentes e o atraso já era previsto. "Eles devem receber ainda hoje (ontem). A prefeitura está no prazo", afirmou.

No entanto, a maior preocupação, segundo Aranda, é o fim do contrato da prefeitura de Londrina com o Ciap. "Estamos preocupados se vai ter dinheiro para pagar o acerto dos funcionários e como ficará a situação deles", disse.

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