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Atualizado em 24/07/06, às 19h50Mesmo com o índice de economia de água da população de Curitiba e região estar longe da meta de 20%, as regras e a data para o começo de um possível racionamento ainda não foram discutidas pela Sanepar. Na reunião realizada na manhã desta segunda-feira (24), que deveria abordar do assunto, o racionamento não esteve na pauta da diretoria da empresa. O volume das barragens continua caindo.

Na semana passada, a Sanepar, por meio de sua assessoria de imprensa, divulgou que iria discutir na reunião desta segunda-feira as questões ligadas ao racionamento, como horários no corte do abastecimento, definição de quantos dias de racionamento por semana e os bairros. Entretanto, a data de início do corte no abastecimento e as regras, segundo a companhia, ainda estão indefinidas.

O principal fator que deve afastar o risco de racionamento na capital é a chegada de chuvas fortes ao estado. O Paraná registra a maior estiagem no mês de julho desde que o Instituto Tecnológico Simepar começou a fazer a medição, há oito anos. A boa notícia é que há possibilidade de chuvas mais constantes nas diversas regiões do estado a partir desta quinta-feira (27).

"Há pequena chance de chuva para os próximos dois dias, somente em pontos localizados. Tudo indica que uma frente fria deixará o tempo instável a partir de quinta-feira", explica o meteorologista do Simepar Fernando Mendonça Mendes. "Se tivermos sorte e a chuva cair nos reservatórios o nível de água pode melhorar".

Enquanto a chuva não vem, as duas principais barragens que abastecem Curitiba e região, Piraquara I e Iraí, continuam bem abaixo do nível normal. A represa do Iraí está fechada há oito dias, com 32,2% de sua capacidade. O nível já está 3,47 metros menor. Em Piraquara, a água já baixou 4,82 metros e a barragem opera com pouco mais de metade de sua capacidade. A tendência é que o racionamento seja anunciado quando a capacidade das barragens atingir 30%. Rio Iguaçu

Um monitoramento feito pela Superintendência de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental (Suderhsa) mostra que, com a estiagem que atinge o Paraná nos últimos meses, o volume de água dos rios do estado tem apresentado quedas diárias. Segundo o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, a situação mais crítica é a do Rio Iguaçu. Em julho, a estação localizada na ponte da BR 277 indicou uma vazão de 4,06 metros cúbicos por segundo, sendo que a média normal é de 11,97 metros cúbicos por segundo. (Leia mais sobre o Rio Iguaçu).

Pelo menos 40 municípios do Paraná estão em alerta

Pelo menos 40 municípios de todas as regiões do Paraná estão em alerta em decorrência da estiagem que atinge o estado. Além de Curitiba e região metropolitana, que sofre com a falta de chuva forte desde novembro, há problemas principalmente em cidades do Norte, Oeste, Sudoeste e Campo Gerais. O consumo baixou muito pouco, cerca de 8% em um mês, quando o ideal deveria ser de 20%. (Clique aqui para ler a matéria na íntegra)

Cobrança de tarifa mínima continua

A Sanepar afirmou que não tem condições de abrir mão da tarifa mínima cobrada mensalmente dos consumidores. O valor cobrado, segundo o ParanáTV desta terça-feira, corresponde à manutenção da água tratada e possibilita que o consumidor tenha acesso à água 24 horas por dia.

Várias pessoas não entendem o porque da cobrança de um valor mínimo, que por vezes nem é consumido pelas famílias. Em todo o Paraná, 1.430.000 famílias pagam a tarifa mínima estipulada pela empresa, mas a maioria, não chega a gastar os 10 mil litros cobrados pela Sanepar.

Dicas para economizar água

Veja a previsão do tempo para esta terça-feira

Veja como está a situação das barragens de Curitiba e região na reportagem em vídeo do ParanáTV

Acompanhe o depoimento dos consumidores insatisfeitos com a cobrança da tarifa mínima

Interatividade:A Sanepar está certa em prolongar o racionamento de água? Você acha que o racionamento já deveria ter começado? Como está o fornecimento de água em seu bairro?

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