• Carregando...

A partir desta sexta-feira, cerca de 1,8 milhão de moradores de Curitiba e região metropolitana serão atingidos pelo rodízio no abastecimento de água, anunciado ontem pela Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar). Desse total, estima-se que meio milhão de pessoas verão a torneira secar completamente por cerca de 26 horas a cada semana. Este é o número aproximado de consumidores que não possuem reservatório próprio (caixa d’água) em sua residência – o grupo mais atingido pelo racionamento.

O rodízio no abastecimento não tem previsão para terminar. "A expectativa é de que chova (de maneira contínua) em meados de setembro. Se chover significativamente, poderemos interromper o rodízio", afirma o diretor de operações da Sanepar, Wilson Barion.

De acordo com a companhia, as regiões atendidas pelas barragens Piraquara e Iraí foram divididas em sete grupos (veja infográfico). É com base nessa divisão que o rodízio será implantado. Cada um dos grupos terá o abastecimento de água tratada interrompido, sempre no mesmo dia específico da semana, das 14 horas do dia agendado até as 16 horas do dia seguinte.

A normalização, principalmente para as partes mais altas, deve ser feita até as 22 horas. A Sanepar estuda o abastecimento emergencial por meio de caminhões-pipas para hospitais que possam ser prejudicados pela desabastecimento.

A população afetada pelo rodízio é referente a 75% dos usuários da Sanepar. A cada dia cerca de 300 mil usuários serão atingidos. "Contudo, quem tiver reservatório de água e usar racionalmente a água não vai sentir os efeitos do corte", afirma Barion. De acordo com o gerente da Sanepar de Curitiba e região metropolitana, Antônio Carlos Gerardi, cerca de 70% das residências atingidas pelo rodízio possuem o reservatório de água. "As caixas de água asseguram o consumo médio diário de uma pessoa que é de cerca de 120 litros", explica Gerardi.

O rodízio anunciado, no entanto, não atinge Curitiba e região metropolitana por completo. As regiões oeste e sul da capital não entram no racionamento, assim como os municípios localizados nessas proximidades, pois são locais atendidos pela barragem Passaúna – que ainda possui 80% de sua capacidade de armazenamento. As barragens do Iraí e Piraquara I, até ontem tinham apenas 37,1% da sua capacidade de armazenamento.

Segundo a Sanepar, a baixa intensidade de chuvas, a redução diária no nível dos reservatórios e a falta de previsões meteorológicas que indiquem chuvas significativas no curto prazo forçaram uma mudança nos planos, alterando a previsão inicial de anunciar o racionamento somente quando as barragens do Iraí e Piraquara atingissem 30% da capacidade. "Não dá para se apegar a aspectos tão matemáticos", diz Barion.

Economia

A estimativa da Sanepar é de que seja economizado em sete dias de racionamento o equivalente ao que é retirado das barragens em um dia. O objetivo é reduzir em pelo menos 15% o consumo, o equivalente a 70 mil metros cúbicos diários. A demanda de Curitiba e região atualmente é de 480 mil metros cúbicos por dia.

A Sanepar continuará avaliando diariamente a situação do abastecimento e reitera que a população precisa continuar a usar água de forma responsável, evitando o desperdício e adiando todas as atividades que podem esperar até a volta da chuva e a recomposição do volume nas barragens (veja infográfico).

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]