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Foz do Iguaçu – A Irmandade Monsenhor Guilherme, responsável pela administração da Santa Casa de Foz do Iguaçu, decidiu encerrar definitivamente as atividades do hospital. A decisão foi tomada no início da noite de ontem durante assembléia com participação de 25 membros da entidade.

Segundo o porta-voz da irmandade, Allan Weston, nos próximos dias será encaminhado à Justiça o pedido de insolvência da entidade. Se a Justiça acatar a medida, um administrador será nomeado para gerir as contas da instituição, ou seja, levantar débitos e créditos. A irmandade tem dívida de R$ 15 milhões.

Antes do pedido de insolvência, a entidade rescindirá o contrato de trabalho dos funcionários. "A idéia é fazer logo a rescisão para eles receberem o seguro-desemprego e lutarem pelas garantias trabalhistas", diz.

Ainda ontem antes da assembléia, em local não divulgado por questões de segurança, a irmandade pediu reintegração de posse do prédio da Santa Casa. As instalações do hospital, que deixou de atender a população no dia 30 de janeiro pela crise financeira, foram ocupadas na quarta-feira por cerca de 80 funcionários. Eles fazem parte de um grupo de 140 trabalhadores em greve há três meses para receber salários atrasados e o 13.º salário.

Segundo o presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde, Antônio Marcos Gomes de Oliveira, a decisão da irmandade não altera os planos do movimento de ocupação. Ele diz que o grupo só deixará o hospital com a presença do Ministério Público porque o caso requer transparência. "Se eles tentarem tirar a gente daqui pode acontecer uma tragédia", diz.

Os funcionários já encaminharam diversas denúncias ao Ministério Público a respeito da má gestão do hospital. Eles alegam que não têm dinheiro do fundo de garantia depositado em conta e que a irmandade não priorizou o pagamento dos salários.

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