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Onze ônibus foram incendiados em Florianópolis e região desde sexta-feira | Eduardo Valente/Folhapress
Onze ônibus foram incendiados em Florianópolis e região desde sexta-feira| Foto: Eduardo Valente/Folhapress

Onze ônibus foram incendiados desde a noite de sexta-feira até ontem à noite em Florianópolis, em São José e Palhoça, ambas na região metropolitana da capital de Santa Catarina. Por volta das 15 h de ontem, o 4.º Batalhão da Polícia Militar, próximo ao centro de Florianópolis, foi o 11.º alvo da onda de ataques. Casas de policiais também foram atingidas por tiros, mas ninguém ficou ferido. Mais de 150 policiais foram mobilizados em 30 viaturas e um helicóptero para a caçada aos autores dos ataques.

O aparato policial é uma reação das forças polici­ais para sufocar a nova onda de atentados promovida pela facção Primeiro Grupo Catarinense (PGC), responsável por ataques semelhantes no segundo semestre de 2012 e 2013. Na época, a Força Nacional de Segurança interveio nos presídios para estancar a crise.

Na onda de ataque dos últimos dias, a polícia trabalha com a hipótese de um "salve-geral" promovido pelo PGC, que atua dentro e fora dos presídios catarinenses. A expressão usada por criminosos significa ordem para cometer atentados contra policiais, bases policiais e também para incendiar ônibus.

Possíveis causas

Segundo o comandante do 4.º Batalhão da PM, tenente-coronel Araújo Gomes, a explicação pode estar relacionada a uma disputa de traficantes ou à repressão policial que vem sendo intensificada, por exemplo, no Morro do Horácio, de onde são os dois autores do ataque de ontem à tarde à base policial.

Houve troca de tiros durante a perseguição aos dois e ao menos oito tiros atingiram o para-brisas de uma das viaturas. Na fuga, o condutor do Corsa perdeu o controle do carro, que atravessou a pista e atingiu duas mulheres num ponto de ônibus. Eles fugiram, mas um foi recapturado com ajuda do helicóptero da PM. Uma pistola 9 mm foi encontrada no interior do veículo furtado, com placas de Joinville.

Na madrugada de domingo, César Machado, 33 anos, que cumpria liberdade condicional da colônia penal de Palhoça, de onde saiu em julho, foi morto durante uma troca de tiros com a polícia, segundo a PM. Ele tinha passagens por porte de drogas e porte ilegal de arma. Outro suspeito, Thiago Maciel, 18 anos, foi ferido e hospitalizado.

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