Para os animais da fauna exótica, a existência de santuários é ainda mais importante. Como não são naturais da fauna brasileira, leões, chimpanzés, elefantes, tigres, entre outras espécies, não podem ser introduzidos na natureza. "Os santuários são o único destino para os animais exóticos em situação irregular no Brasil", enfatiza o presidente do Projeto de Proteção aos Grandes Primatas (GAP, da sigla em inglês), Pedro Ynterian, que não é favorável à transferência de chimpanzés para zoológicos. No Brasil, quatro santuários estão filiados ao GAP, um deles em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, o Instituto Anami, que mantém 18 chimpanzés.
Antes da existência dos santuários, diz Ynterian, o Ibama era obrigado a usar de um expediente que informalmente acabava legalizando a posse inadequada dos animais exóticos. "Como não havia para onde mandar, o local onde o animal estava irregularmente se transformava em fiel depositário", diz o presidente do GAP, que mantém em Sorocaba (SP) o maior santuário de grandes primatas do Brasil.
