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Biólogos acham anfíbio raro em Rondônia

Um animal raro também foi achado por biólogos no Rio Madeira, na região da usina hidrelétrica de Santo Antônio, em Rondônia. O "Atretochoana eiselti", que pode ter até um metro de comprimento, é um anfíbio sem pulmão ou escamas externas. O bicho é do grupo de espécies chamado popularmente de cobra-cega e respira pela pele. O exemplar já era conhecido, mas só agora se confirmou seu hábitat. Os biólogos, segundo a usina, acharam seis animais em um local em obras. Três foram devolvidos ao rio, dois foram preservados para estudos e um morreu. Em comunicado publicado pela usina, o biólogo Juliano Tupan destaca o fato de o animal não ter pulmões apesar de ser grande. Em geral, afirma, só animais pequenos, como salamandras, vivem sem pulmões. O achado foi descrito em artigo publicado pelo "Boletim do Museu Paraense Emilio Goeldi".

A comunidade científica reconheceu uma nova espécie de anfíbio descoberta no Paraná. Trata-se de um sapinho de 1,5 centímetro que, por enquanto, só foi encontrado na Mata Atlântica paranaense. O Brachycephalus tridactylus foi encontrado por biólogos na reserva Salto Morato, em Guaraqueçaba, no Litoral. Ele foi localizado em 2007, mas os passos até o reconhecimento oficial envolvem estudos e avaliação por especialistas, inclusive de outros países. A descoberta foi publicada na última edição da revista internacional Herpetologica.

"Foi no dia do meu aniversário. Ganhei um presente", conta o biólogo Michel Garey, que por nove meses esteve, ao menos uma vez por semana, em Salto Morato para registrar os anfíbios da reserva. Ele identificou 42 espécies e só o Brachycephalus tridactylus era desconhecido. No mundo existem mais de 6,6 mil espécies de diferentes anfíbios – metade descobertas nos últimos 25 anos. O Brasil é o país com maior diversidade e tem 946. Já no Paraná há informações da existência de 120 espécies.

Mesmo com uma cor tão chamativa – amarelo-alaranjado –, Brachycephalus tridactylus é minúsculo e atraiu a atenção dos pesquisadores pelo barulho que fazia. "Eram uns 30 e estavam cantando, que é a forma de atrair a fêmea e se comunicar", comenta Garey.

Os biólogos precisaram revirar folhas no chão no alto de um morro para encontrar a espécie. O grupo de pesquisadores que fez o registro de anfíbios no local pertencia ao Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação (PPGECO) da Universidade Federal do Paraná. A reserva Salto Morato é da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, que apoiou a pesquisa.

Museu da USP

A espécie encontrada foi estudada e está agora no museu de Zoologia da Universidade de São Paulo. Garey acredita que faltam pesquisas sobre anfíbios. "Não sabemos quase nada sobre os hábitos dessas espécies, que podem ter importância até mesmo farmacológica, e que desconhecemos", afirma.

O pesquisador avalia a possibilidade de estudar os hábitos de vida do Brachycephalus tridactylus. Pelo menos outras duas espécies de anfíbios foram descobertas no Paraná nos últimos cinco anos.

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