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Uma fatalidade tirou a alegria de fim de ano da família do estudante Rodrigo Leal de Carvalho, 16 anos. Ele morreu após ser atropelado pelo carro conduzido pelo sargento do Exército Reginaldo Lemos, 21 anos. O acidente ocorreu ontem às 11h40, na esquina das ruas Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e Marechal Otávio Saldanha Mazza (via rápida sentido bairro), no bairro Pinheirinho, em Curitiba. Testemunhas afirmam que o militar participava de um racha.

Se não fosse o trabalho de socorristas do Siate, o sargento poderia ter sido linchado pelos moradores da região. "Quando chegamos no local, os populares estavam transtornados e tentavam agredir o rapaz, que estava trancado no carro. Tivemos que isolar o local e esperar a polícia para socorrê-lo", afirma o soldado Adílson Aparecido da Silva.

Depois de almoçar no restaurante do tio, onde sua mãe trabalha, Rodrigo despediu-se e estava a caminho de casa. Ele aguardava para atravessar a via rápida quando a Ipanema bordô, placa AEP-7436, subiu a calçada e arremessou-o contra um carro estacionado na outra esquina. Rodrigo foi socorrido pelo Siate e encaminhado ao Hospital do Trabalhador com traumatismo craniano. Ele morreu por volta das 15h30.

O rapaz era formado em um curso técnico do Senai e cursava o 2.º ano do ensino médio. "Antes do acidente, o Rodrigo foi receber o pagamento do estágio", conta o tio José da Silva Paiz. Dentro da meia do jovem, os médicos encontraram R$ 450, que foram entregues à mãe. Com esse dinheiro, Rodrigo planejava comprar presentes de Natal. O corpo do rapaz será velado hoje em uma igreja do bairro.

O promotor de vendas Mário Rodrigo de Lara, 29 ano, presenciou todo o fato. Ele também aguardava a oportunidade para atravessar a rua. Lara conta que o militar estava em alta velocidade fazendo um racha com outro motorista. Lemos perdeu o controle do veículo e foi contra Rodrigo. "Ele tentou sair do veículo e atacaram pedras no carro. Um motoboy bateu com o capacete na mão dele", conta o promotor. Outras testemunhas afirmam que o militar estava embriagado, no entanto, os socorristas negam a hipótese. "Ele estava estranho, mas com certeza não tinha ingerido bebidas alcoólicas", afirma o soldado Silva. O militar também foi levado ao Hospital do Trabalhador, onde foi submetido a uma cirurgia no fêmur e encontra-se bem, sem previsão de alta.

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