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Umuarama – A Promotoria de Justiça da Infância e Juventude da Comarca de Umuarama decidiu mudar de estratégia para ajudar a família a recuperar a guarda do garoto Edyglaison Martins dos Santos, 3 anos, retido na Inglaterra pela Justiça daquele país há cinco meses. O promotor Eduardo Cambi entrou ontem com um mandado de busca e averiguação das condições de saúde do menino e da situação do processo no Judiciário britânico. Baseado no relatório que receber, Cambi vai decidir se pede para repatriar a criança (que era a idéia inicial) ou uma autorização para os pais viajarem à Inglaterra.

O menino foi retido pela Justiça britânica em setembro passado, quando os médicos diagnosticaram na criança uma doença rara, a Síndrome de Wiscott Aldrich, semelhante à leucemia. A doença provoca o surgimento de manchas na pele e sangramentos. A polícia achou que os pais espancavam a criança e tentou prendê-los. O pai Roberson Tavares dos Santos e a madrasta Flávia Aline Boreski estavam ilegais no país e, para não serem detidos, resolveram voltar ao Brasil. Desde então, eles tentam, sem sucesso, trazer Edyglaison para Umuarama.

Cambi informou que a ordem para a averiguação da situação da criança deve chegar hoje ao Ministério das Relações Exteriores, em Brasília e, imediatamente, o Itamaraty deverá acionar o consulado brasileiro em Londres. A promotoria pede para uma equipe consular visitar a criança e fazer um relatório com laudo médico e psicológico. "A gente precisa das informações para ver o que é melhor para a criança", disse.

O promotor quer saber qual o estágio da doença, se é necessário o transplante e se um eventual transporte do menino para o Brasil trará riscos para a saúde do paciente. Cambi já foi informada de que o Hospital de Clínicas de Curitiba é referência no atendimento a esse tipo de doença, inclusive no transplante de medula óssea, caso seja necessário, e o tratamento é totalmente custeado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

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