• Carregando...

Curitiba – O diretor-geral da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento, Newton Pohl Ribas, reafirmou ontem ter "absoluta certeza" de que os 19 animais de quatro fazendas paranaenses com suspeita de aftosa são procedentes de Mato Grosso do Sul, estado que já registrou dez focos da doença. "Temos um sistema de rastreabilidade informatizada das Guias de Trânsito Animal (GTAs) que nos dá essa certeza", afirmou Ribas, que é veterinário. Ele disse que o rebanho do estado vizinho está mais suscetível à doença porque lá é realizada apenas uma campanha anual de vacinação. No Paraná, são duas etapas por ano.

Segundo o diretor, 43 animais leiloados no último dia 4, na feira Eurozebu, em Londrina, vieram diretamente do município sul-mato-grossense de Eldorado, onde foi confirmado, no dia 10, o primeiro dos dez focos já registrados naquele estado. A incubação do vírus aftósico demora, em média, 15 dias.

O presidente da Sociedade Rural do Paraná, Edson Neme, disse que "quem tem melhores condições" de saber a procedência dos animais leiloados é a Seab, por causa da GTA eletrônica. Mas ele afirmou ter certeza de que as 19 cabeças sob suspeita não integram o lote de 250 animais trazidos de Eldorado para o leilão. "Se, antes disso, eles vieram de Mato Grosso do Sul, não posso saber", ressalvou. Anteontem, ele havia dito que nenhuma das cabeças que estão com os sintomas vieram do estado vizinho.

O pecuarista José Moacir Turquino, dono de metade dos 800 bovinos leiloados na feira, que tem fazendas em Eldorado e Bela Vista do Paraíso (Norte do Paraná) e costuma transferir bovinos entre as propriedades, só deverá se pronunciar após a divulgação do resultado dos exames.

Barreira

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) está recomendando aos caminhoneiros com carga de origem animal a não se deslocarem para Santa Catarina, onde uma barreira sanitária impede a entrada deste tipo de carga no estado. O pátio da Receita Estadual do estado vizinho, na BR-376, já está lotado. Segundo a PRF, a fila de caminhões estacionados no acostamento da rodovia chega a 12 quilômetros.

O retorno de caminhões ao Paraná é intenso. Pelo menos 21 carretas com carga de congelados da empresa Sadia já teriam retornado a Curitiba. Santa Catarina voltou a decretar barreira sanitária depois que foram registradas suspeitas de aftosa no Paraná.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]