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A Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab) está abrindo as valas para enterrar os 1.795 animais da Fazenda Cachoeira, em São Sebastião da Amoreira (Norte do estado), onde o Ministério da Agricultura confirmou, em 6 de dezembro, um foco de febre aftosa. O trabalho foi iniciado no domingo e deverá ser concluído até o próximo sábado.

Nesta quarta-feira, a Procuradoria-Geral da União ingressou com agravo de instrumento no Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª. Região, em Porto Alegre (RS), na tentativa de derrubar liminar da Justiça Federal em Londrina que condiciona o sacrifício ao pagamento antecipado de 50% da indenização ao pecuarista André Carioba Filho e o depósito em juízo do valor restante. O total de indenização previsto é de R$ 1,285 milhão. O recurso deverá ser julgado no TRF pela juíza Vânia Hack de Almeida, a mesma que, no último dia 17, derrubou liminar que impedia o sacrifício do rebanho sob o argumento de que o ministério não havia provado que os animais estavam efetivamente doente.

O chefe do Núcleo Regional da Seab em Cornélio Procópio, Carlos Roberto Moreira, informou que estão sendo abertas duas trincheiras na fazenda. Cada uma possui 222 metros de extensão, seis de largura e cinco de profundidade. As valas serão revestidas com manta impermeabilizante, para evitar a contaminação de rios, represas e lençóis subterrâneos de água. A data para o início do sacrifício dos animais depende da solução do impasse judicial que cerca o caso.

Nas outras seis fazendas paranaenses declaradas pelo ministério como focos de aftosa, as operações para o sacrifício dos animais estão em fase inicial. O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) está elaborando relatórios de impacto ambiental de cada área, que depois será visitada pelos membros das Comissões de Avaliação, Taxação e Sacrifício.

No total, deverão ser sacrificados cerca de 6,5 mil animais. Além da Cachoeira, os focos estão localizados nas fazendas Flor do Café (Bela Vista do Paraíso, Norte); Santa Izabel (Grandes Rios); Cesumar e Pedra Preta (Maringá); e Alto Alegre e São Paulo (Loanda). Os donos das sete áreas condicionam a autorização para o sacrifício à realização de necropsia em alguns dos animais. Eles exigem que os materiais coletados sejam analisados pelo laboratório do Centro Pan-Americano de Febre Aftosa (Panaftosa), no Rio de Janeiro. Se a doença não for comprovada, eles poderão recorrer à Justiça buscando indenização pelos prejuízos.

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