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A Secretaria de Saúde de Foz do Iguaçu formou uma comissão para investigar as causas da morte de Bruno Gabriel Maia, de 2 anos e 7 meses, ocorrida anteontem após atendimento numa unidade de emergência da região central da cidade. O menino estava com vômito, febre e diarréia e foi atendido com suspeita de rotavirus. Bruno foi medicado com um antiemético (remédio que coíbe o vômito) de princípio ativo Metoclopramida e, em seguida, teve uma parada cardíaca irreversível.

No enterro do filho, ontem pela manhã, a mãe, que trabalha com o transporte de mercadorias no Paraguai, Maria de Lourdes, 37 anos, responsabilizou a equipe médica. Ele já havia sido atendido na noite anterior, tendo sido medicado com o antimético intramuscular. Com o surgimento de febre alta, a mãe retornou ao posto pela manhã. "Ele estava conversando, alegre, quando chegamos no posto", assegurou.

O exame de sangue feito para diagnosticar o rotavirus acusou índice elevado de açúcar e potássio que, segundo a pediatra responsável pelo atendimento, Marli Wojciechowski, podem indicar infecção generalizada. "Foram colhidas amostras do tecido que serão analisadas pelo Serviço de Verificação de Óbito (SVO)", afirmou o secretário municipal de Saúde, Francisco Brasileiro. O laudo deverá ser concluído em 10 dias.

É o segundo caso de morte infantil após o uso de medicamento na forma endovenosa este ano. Em fevereiro, Michele Caroline da Costa, de sete anos, também morreu após receber o medicamento, mas o laudo do SVO, divulgado em março, não foi conclusivo.

Segundo Brasileiro, este ano já foram utilizadas 55 mil ampolas do remédio em todas as unidades da rede pública, sem nenhuma ocorrência, mas o uso endovenoso foi suspenso preventivamente. A Vigilância Sanitária recolheu o lote para análise no Laboratório Central do Estado (Lacen).

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