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Curitiba

Secretaria vai aparelhar CMUMs para desafogar emergência de hospitais

Ortopedistas serão deslocados para os centros municipais, atendendo vítimas de traumas que seriam levados para setor de urgência de hospitais

CMUM do Sítio Cercado: um dos Centro de Urgências Médicas de Curitiba que devem receber melhorias para tentar desafogar os pronto-socorros dos hospitais | Daniel Caron/Gazeta do Povo
CMUM do Sítio Cercado: um dos Centro de Urgências Médicas de Curitiba que devem receber melhorias para tentar desafogar os pronto-socorros dos hospitais (Foto: Daniel Caron/Gazeta do Povo)

Curitiba se vê, no início deste ano, às voltas com um problema recorrente e cada vez mais evidente: o sistema de atendimento de urgência e emergência está operando próximo do limite. Para amenizar o problema, a Secretaria Municipal de Saúde deve deslocar ortopedistas para os oito Centros Municipais de Urgências Médicas (CMUMs), a partir das próximas semanas. Segundo o secretário Adriano Massuda, o objetivo é que estes profissionais atendam a vítimas de traumas de complexidade nos centros municipais, desafogando os três hospitais (Evangélico, Cajuru e do Trabalhador) que compõem o sistema de urgência e emergência da capital.

"Começaria com os CMUMs de maior demanda, mas a ideia é estender este atendimento para todos", disse Massuda, em entrevista à Gazeta do Povo.

Segundo o secretário, os centros municipais já são equipados com salas de gesso, infraestrutura básica que permitiria o atendimento de pacientes vítimas de traumas. O projeto prevê que os ortopedistas sejam cedidos por hospitais, por meio de contratos firmados com a prefeitura. Massuda avalia que a medida não trará grandes impactos aos cofres da Secretaria. "É uma medida para curto prazo e que vai aliviar as portas dos hospitais", aponta.

Em médio prazo, a Secretaria planeja a construção de dois CMUMs, além dos oito que já operaram na capital. Os novos centros devem ser instalados nas regionais Matriz e Tatuquara. "Isso já tem projeto e já está em encaminhamento. A nossa previsão é de que até o fim deste ano as novas unidades estejam funcionando", afirma o secretário.

Massuda revela ainda uma outra meta, desta vez para longo prazo: a construção de um novo hospital de referência para também integrar o sistema de urgência e emergência. De acordo com o secretário, este hospital deverá ser construído na zona norte de Curitiba, voltado principalmente para os pacientes daquela região. Apesar disso, ainda não há dotação orçamentária prevista para o projeto. "Isto está em discussão", ressaltou Massuda.

Sinal amarelo

Nos últimos anos, o sinal amarelo do sistema de urgência e emergência da capital se manteve aceso praticamente em tempo integral. Qualquer problema em um dos três hospitais que compõem a rede causa reflexo nos demais. O caso mais recente ocorreu nesta quarta-feira (23), quando a paralisação dos funcionários do Centro Comunitário e do Centro de Especialidades do Bairro Novo, ligados ao Hospital Universitário Evangélico, causou reflexos no Hospital Angelina Caron, localizado em Campina Grande do Sul, na região metropolitana. Em 24h, o hospital metropolitano chegou a ter movimento 30% acima do normal.

A expectativa do secretário de Saúde é que as medidas – que serão implantadas gradativamente – minimizem os impactos, até que o sistema de urgência e emergência possa operar satisfatoriamente.

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