• Carregando...

Brasília – O secretário de Imprensa e Porta-Voz da Presidência da República, André Singer, entregou ao presidente reeleito Luiz Inácio Lula da Silva uma carta em que põe o cargo à disposição. Singer segue, assim, uma tendência verificada no governo, em que o auxiliar deixa Lula livre para mantê-lo ou não no posto no segundo mandato.

O chefe do Gabinete Pessoal da Presidência, Gilberto Carvalho, havia feito o mesmo. O presidente da Radiobrás, Eugênio Bucci, também entregou carta semelhante – no caso dele, entretanto, há pressões de dentro do PT para que seja afastado. Petistas que estiveram à frente da campanha de reeleição do presidente se mostram descontentes com reportagens divulgadas pela Radiobrás que contêm críticas à administração federal por parte da oposição.

Singer, ao que se sabe, não sofre nenhuma carga dentro do PT. Ele é porta-voz de Lula desde a campanha de 2002, mas estaria agora disposto a voltar à vida de acadêmico. Por enquanto, Singer ainda está envolvido com projetos que pretende concluir até janeiro, quando termina o primeiro mandato de Lula. À frente da Secretaria de Imprensa, finaliza um livro que conta a história de outros secretários e porta-vozes – são quase cinco dezenas –, desde os anos 50.

Um dos que mereceram maior espaço foi o jornalista Carlos Chagas, porta-voz do governo do marechal Costa e Silva (15 de março de 1967 a 31 de agosto de 1969). Ironicamente, Chagas passa por uma investigação da Previdência, que alega indícios de fraude no processo de aposentadoria dele. Há a suspeita de que tal atitude tenha sido uma retaliação do Poder Executivo por conta dos comentários sarcásticos durante a campanha eleitoral a respeito da gestão de Lula.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]