• Carregando...

Depois de ouvir todas as partes envolvidas em quase sete horas ininterruptas de discussão, o secretário estadual da Educação (Seed), Maurício Requião, decidiu manter Maria Madselva Ferreira Feiges como diretora do Colégio Estadual do Paraná (CEP). Ele se reuniu ontem com representantes de pais, alunos, professores e a direção, na Seed, para tentar encontrar uma solução para o impasse que chegou a suspender as aulas no CEP na semana passada. O encontro iniciou às 9 horas e se encerrou por volta das 17 horas, sem intervalo para o almoço. "Nós esperávamos que o secretário se sensibilizasse com as nossas questões, mas ele foi categórico em mantê-la no cargo", afirma Joel Ramalho, representante dos alunos.

Segundo pais, alunos e professores, o motivo apresentado pelo secretário para a manutenção de Maria Madselva no cargo foi que não existe nenhuma justificativa plausível para ela ser afastada. "Eles não consideraram o fato de que a relação dos alunos com ela está fragilizada", comenta a estudante Raquel Martins, também representante dos alunos. Um nova reunião foi marcada para a próxima quinta-feira para que a negociação seja aprofundada.

Câmeras

No entanto, outras reivindicações foram atendidas, como a retirada das câmeras de segurança, instaladas no início do ano. "Também há possibilidade de negociação a respeito dos professores que foram suspensos", explica Ederson Prestes, representante do corpo docente. Denílson Schena, um desses professores, recebeu a notícia com otimismo. "Tenho expectativa de retornar à escola em breve."

Também compareceram ao encontro José Lemos, presidente da APP-Sindicato, o promotor Clayton Maranhão, da Promotoria de Proteção à Educação, e Romeu Gomes de Miranda, presidente do Conselho Estadual de Educação.

O tumulto na escola começou na última terça-feira, quando estudantes iniciaram protestos reivindicando o afastamento de Maria Madselva e eleições diretas para a direção da escola. O clima piorou nesta semana depois que os professores Maria Luiza Lacerda e Denílson Schena foram suspensos e as funcionárias Elizabeth Miot, Nanci Zeni, Jacqueline Brandalize e Ângela Knapki foram exoneradas de cargos comissionados.

A possibilidade de eleições diretas na escola será discutida na próxima reunião. A reivindicação tem apoio da APP. "O Estadual não pode ser tratado diferente em relação às outras escolas estaduais", defende Lemos. No entanto, para que haja eleições diretas, é necessária uma mudança na legislação estadual, já que o CEP funciona em regime especial devido a uma lei de 1964.

Maria Madselva e o secretário Maurício Requião foram procurados pela reportagem para conceder entrevista sobre a reunião de ontem, mas não foram encontrados. Na segunda-feira, os alunos decidem se continuam os protestos.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]